A Secretaria de Urbanismo da prefeitura de Curitiba vai notificar até hoje a Procuradoria-Geral do município para que assuma a responsabilidade da retirada das famílias acampadas na calçada do terreno de 170 mil m2, no bairro da Fazendinha. Desde a desocupação da área, na quinta-feira passada, os ex-invasores construíram pequenos barracos na calçada da Rua Theodoro Locker. As construções já dobraram a esquina, alcançando a Rua João Dembinski. De acordo com a prefeitura, uma notificação foi expedida na tarde de terça-feira pedindo que os sem-teto liberassem a via até as 16 horas de ontem.
Após a oficialização da reclamação, a Procuradoria-Geral é quem toma as medidas. Conforme o Código de Posturas do Município, os manifestantes estão usurpando o espaço público.
Para Maria das Graças Silva de Souza, coordenadora regional da União Nacional por Moradia Popular (UNMP), os manifestantes aguardam uma solução do município, informando onde as famílias serão assentadas. Em caso de despejo, uma medida drástica pode ser adotada pelos sem-teto. "A última opção é acampar em frente da casa do prefeito Beto Richa", diz Maria das Graças.
Segundo a UNMP, 200 famílias cerca de 600 pessoas ocupam a calçada. Os manifestantes montaram cozinha comunitária e um único banheiro. A precariedade no alojamento dos sem-teto se ampliou com a chuva que caiu em Curitiba durante boa parte do dia.



