Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Monitoramento

Senado aprova pulseira com rastreador para preso

Projeto permite controle eletrônico de detentos em progressão de regime ou durante o benefício do indulto

O Senado aprovou ontem o projeto de lei que permite o uso de pulseiras com rastreador eletrônico em presos considerados de baixa periculosidade. A ideia é utilizar o equipamento em con­­­denados que estão em progressão de regime e durante a concessão dos indultos de Natal, Dia das Mães e outros feriados, quando os detentos podem ir para casa. As informações são da Agência Brasil.

Segundo o autor do projeto, senador Magno Malta (PR-ES), o rastreador poderá ser usado também em presos que tenham cometido crimes ocasionais, sem intenção, como o homicídio culposo. Na avaliação de Malta, além de ser melhor para a ressocialização desse tipo de preso, o uso da tecnologia é mais barato que manter o condenado no presídio. "Um rastreador custa R$ 400 por pessoa. Um preso custa R$ 1,5 mil ao Estado. Essa não é uma tecnologia cara. Vale mais a pena manter a pessoa com o rastreador que [deixar ela] presa", disse o senador à Agência Brasil.

De acordo com o relator do projeto, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o Ministério da Justiça regulamentará o tema e definirá se o monitoramento será mesmo por pulseira ou por tornozeleira. Segundo Torres, quem cometeu crimes como homicídio, estupro e pedofilia também poderá ser monitorado. Ele também destacou a redução de custos. "Isso torna o acompanhamento mais barato do que colocar agente, o que nem sempre acontece."

O projeto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputa­dos, onde recebeu alterações. Depois voltou ao Senado e agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em março, a utilização do rastreador eletrônico integrou uma série de propostas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para tentar desafogar o sistema penitenciário brasileiro. O sistema também seriam utilizado para controlar detentos do regime semiaberto (que trabalham durante o dia e retornam à unidade prisional à noite). Para juristas, o uso do rastreador seria aviltante e provocaria constrangimentos no convívio social, independentemente do equipamento que seria usado – tornozeleira, pulseira ou colar.

* * * * * *

Interatividade

O moni­toramento eletrônico de presos é uma boa opção para impedir fugas?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.