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Os cerca de cem trabalhadores do setor de Radiologia do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) podem parar a partir da próxima quarta-feira (25) para protestar contra o falta de pagamento dos adicionais de radiação ionizante e insalubridade, determinados por uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest), exames de raio-x e tomografia poderiam ser cancelados, porém isso ainda não foi confirmado. A reitoria da UFPR irá fazer uma reunião nesta terça (24) para tentar evitar a greve.

O diretor do Sinditest, Bernardo Pilotto, explicou que 27 funcionários da radiologia ganharam o direito de receber os dois adicionais ao salário depois da decisão do TRF-4, mas a universidade ainda não iniciou o pagamento. "Ele (o reitor) não corre o risco de ser questionado pelo Ministério Público ou pelo Tribunal de Contas (se autorizar os adicionais). Já há legalidade sobre os dois benefícios", acredita.

Segundo ele, cerca de cem funcionários seriam beneficiados pela decisão, que aumentaria em cerca de R$ 1.300 o salário dos servidores. Além disso, ele afirmou que os técnicos em radiologia do HC pedem melhores condições de trabalho, já que haveria vários equipamentos novos parados e diversas especificações técnicas não sendo cumpridas, o que aumentaria a insalubridade da função.

O reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho informou que a universidade organizará uma reunião na tarde desta terça com todos os funcionários da radiologia do HC. Para ele, o movimento grevista pode ser uma ação política do sindicato, que tem uma direção nova. Segundo ele, a universidade não tem como autorizar o pagamento do benefício porque a Procuradoria Regional Federal (PRF) em Porto Alegre detectou uma falha processual, uma vez que a UFPR não havia sido citada no processo.

Com isso, o pagamento efetivo da insalubridade pode demorar muito tempo. "A partir da notificação, a procuradoria vai analisar o assunto de acordo com as normas que ela segue. Isso pode levar a uma situação que não dá para saber quanto tempo vai levar (para resolver o assunto)."

Para o reitor, mesmo que o pagamento seja autorizado, ele beneficiaria somente os 27 servidores, dois deles já aposentados, que ingressaram com a ação e não se estenderia aos outros servidores da mesma função. "Só poderá beneficiar os seus ingressantes. Não existe como fazer uma autorização aos demais", afirmou.

A reunião com os servidores nesta terça deverá ser conduzida pelo vice-reitor da UFPR, Rogério Andrade Molinari, e pela diretora geral do HC, Heda Amarante, porque o reitor estará em Brasília para a posse de Aluisio Mercadante (PT) no Ministério da Educação.

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