Rio Após acompanhar a realização de oito simulações do acidente com o Airbus A-320 da TAM, o deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPI da Crise Aérea, afirmou que os pilotos do vôo JJ 3054 não conseguiriam evitar o acidente após a aterrissagem. As simulações ocorreram na tarde de ontem na South America Flight Training, em Guarulhos.
Em uma das simulações baseada nos dados recolhidos das caixas-pretas, os dois pilotos que realizavam os testes não conseguiram evitar a colisão com o prédio da empresa. O vôo foi acompanhado pelo coronel Antônio Junqueira, que já trabalhou no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e foi contratado pela Câmara dos Deputados para acompanhar as investigações. O coronel descreveu como "atordoante" a simulação em que o avião colidiu com o prédio.
As simulações mostraram que não haveria tempo para frear a aeronave mesmo que os pilotos percebessem um eventual esquecimento do manete em uma posição errada, de aceleração.
Pistas
O Aeroporto de Congonhas passará hoje por um teste com a entrada em vigor da redução da área útil das pistas, determinada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O panorama exato de como a alteração irá influenciar na vida dos passageiros só será conhecido ao longo dia.
Jobim anunciou que os aviões terão apenas 1.640 metros para pousar e decolar na pista principal contra os 1.940 metros atuais. Já a pista secundária diminui de 1.435 metros para 1.195 metros. O objetivo da medida é criar uma área de escape e, assim, aumentar a segurança.
Com a mudança, aviões de grande porte, como os Airbus A-319, A-320 e o Boeing 737-800, não poderão mais usar a pista secundária.



