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Manifestação de policiais nesta tarde no Centro Cívico, em Curitiba, pediu melhorias para a categoria | Hedeson Alves / Gazeta do Povo
Manifestação de policiais nesta tarde no Centro Cívico, em Curitiba, pediu melhorias para a categoria| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

Policiais fizeram um ato nesta terça-feira (17) pedindo pressa no Plano de Cargos e Salários

  • Policiais reivindicam mais contratações para evitar que os aposentados sejam chamados de volta ao trabalho
  • Manifestante colocou nariz de palhaço durante ato no Centro Cívico, em Curitiba, que pediu por melhorias para os policiais

O Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região) anunciou na tarde desta terça-feira (17) que irá fazer dois dias de paralisações no mês de abril caso o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) não seja votado pela Assembleia Legislativa. Segundo o presidente da entidade, Ademilson Alves Batista, a Polícia Civil não trabalhará nos dias 2 e 22 de abril.

"Tentaremos mobilizar todo o estado", prometeu Batista. De acordo com ele, o sindicato representa 180 cidades do Paraná. Os policiais civis de Curitiba respondem a outro sindicato, mas Batista pretende angariar apoio dos policiais da capital.

O aviso da greve se deu nesta tarde, quando cerca de 150 policiais civis realizaram uma manifestação no Centro Cívico, em Curitiba, na tarde desta terça-feira (17). Os manifestantes são investigadores que trabalham na capital, na região metropolitana e em Londrina, no Norte do estado. Além de protestar contra a falta de um Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) para a categoria, eles reclamam quanto a falta de efetivo e a volta de policiais aposentados à ativa.

Os policiais se concentraram em frente ao Palácio das Araucárias. Depois foram até o prédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e executaram o Hino Nacional. Lideranças fizeram discursos. Por volta das 16 horas, os policiais tentavam entrar na Assembleia Legislativa, para acompanhar a sessão.

"Mais de 500 policiais aposentados estão sendo chamados de volta ao trabalho, para maquiar a falta de efetivo", afirmou o presidente do Sindipol, Ademilson Alves Batista. Segundo Batista, seria necessária a contratação de cerca de mil policiais por ano pelos próximos sete anos para adequar o quadro funcional da polícia civil do Paraná.

O governo disse por meio de nota que "nunca se contrataram tantos policiais quanto nos últimos seis anos". Em 2009, 829 policiais civis teriam sido contratados, segundo texto publicado na Agência Estadual de Notícias.

O presidente do sindicato disse, ainda, que a categoria vai aproveitar a manifestação para votar paralisações, caso as reivindicações não sejam atendidas. "Se nada for feito a partir do mês de abril vamos fazer paralisações podendo chegar até a greve geral", disse.

Para enfraquecer

Muitos manifestantes apontaram a prisão de vários policiais da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, como uma forma de enfraquecer o ato. "Meses de investigação e eles tinham que prender justo hoje? Coincidência demais", comentou um policial.

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) afirma em nota que aumentou o salário dos policiais civis em 51% desde o início da gestão Roberto Requião, em 2003.

Sobre a PM, a Sesp contabiliza no texto um aumento de 204% para policiais em início de carreira - o cálculo considera o último na do mandato de Jaime Lerner no governo do estado. Sobre o equipamento, a Sesp afirma ter adquirido 20.148 coletes à prova de balas e 4.400 veículos.

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