Sindimoc pede reajuste salarial; nova reunião vai definir valor do aumento

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Representantes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e do sindicato patronal da categoria se reuniram nesta quarta-feira (26), para discutir cerca de 40 itens que estão na pauta de reivindicações dos trabalhadores.

Entre mudanças no recebimento de cesta básica, tabelas de horário e recursos para multas de trânsito, está o pedido de reajuste salarial, principal bandeira levantada pelo grupo. O Sindimoc solicita o percentual de 38% sobre o valor bruto dos salários, proposta considerada inviável para os patrões.

"Nós fizemos os cálculos, com base na inflação e em outros índices e, ao longo dos anos, este valor do reajuste seria o suficiente para reparar as nossas perdas", afirma o vice-presidente do Sindimoc, Dino Cesar Morais de Mattos. Ele afirma que a negociação está bastante adiantada, mesmo com a divergência na questão salarial. Mattos indica que o objetivo é que, no próximo encontro, que será a quarta-feira (02), seja possível encontrar um valor que corresponda a necessidade dos dois setores.

"Nossa tranquilidade é que já está acertado que qualquer reajuste será retroativo à nossa data base, que é o dia 1º de janeiro. Por isso estamos tranquilos com relação à negociação e vamos lutar até que a proposta oferecida vá ao encontro do que nós precisamos", defende.

Outras solicitações do grupo, que, de acordo com Mattos, já estão garantidas, é a revisão da tabela de horários propostas pelas empresas; a substituição da cesta básica por um cartão-alimentação e a possibilidade de recursos para multas de trânsito recebidas. Hoje em dia, o valor das multas é descontado do salário dos motoristas antes da finalização da fase de recursos.

Embora o Sindimoc não rejeite a proposta de greve, os trabalhadores afirmam que esta possibilidade será o último recurso. "Nós explicamos o que precisamos e agora esperamos que eles entendam nossas necessidades. Se isso acontecer, não é preciso greve para conseguir nossos direitos", defende o vice-presidente.