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A situação é cada vez mais tensa na fazenda Urupês, em Cruzeiro do Oeste, depois que o sem-terra Almir de Oliveira Rodrigues foi ferido a tiro no braço esquerdo, perto do barraco. A propriedade está ocupada desde o dia 12 de junho por cerca de 300 famílias do Movimento dos Sem-Terra(MST).

O líder do acampamento dos sem-terra, Anderson Kenor, diz que funcionários da fazenda exibem armas e atiram constantemente para intimidar os trabalhadores.

A Organização Não Governamental (ONG) Terra de Direitos denunciou a gravidade do problema à Secretaria Estadual de Segurança, pela segunda vez em menos de 30 dias, e à Ouvidoria Agrária Nacional. A assessora jurídica da ONG, Gisele Cassano, disse que está sendo pedida a revogação da liminar de reintegração de posse para que a situação volte ao normal na região e não aconteça morte.

O dono da fazenda, Antônio Sestito, informou, por meio da assessoria jurídica, que a culpa dos conflitos é da Secretaria Estadual de Segurança pela demora no cumprimento da reintegração. Ele afirmou que já sofreu prejuízo de R$ 200 mil e pediu para os funcionários evitarem o avanço dos sem-terra para a fazenda Amália (730 alqueires), vizinha da Urupês(80 alqueires), pertencente ao mesmo dono, e onde estão três mil cabeças de gado.

A direção da fazenda nega a existência de seguranças armados na área. A Secretaria de Segurança do Paraná informou que a propriedade está na lista de prioridades para o cumprimento da ordem judicial de reintegração de posse, porém ainda não há uma data definida.

O delegado da Polícia Civil em Cruzeiro do Oeste, Roberto Penteado, informou que a existência de milícias já foi denunciada e está sendo investigada, porém ninguém confirma. Sobre denúncias de agressões físicas contra sem-terra, o delegado disse que não há confirmações porque ninguém apareceu para a realização de exames.

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