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Os cerca de 150 índios, a maioria da etinia tenharim, que estavam abrigados em um batalhão do Exército, em Humaitá (AM), retornaram na manhã de hoje à reserva. Os índios, a maioria mulheres e crianças, recebiam proteção no batalhão após ameaças de alguns moradores locais.

Segundo a Polícia Federal de Rondônia e a Polícia Militar do Amazonas, nenhum incidente foi registrado. Os índios foram escoltados por forças federais e estaduais.

No local, os indígenas estão recebendo vigilância das forças federais, após decisão da Justiça Federal que determinou proteção por parte da União. O pedágio na rodovia Transamazônica, que atravessa a reserva e foi destruído por moradores na última sexta-feira, foi novamente erguido pelos indígenas.

A preocupação das autoridades agora é que, com a volta da cobrança de taxa dos índios para atravessar a rodovia, haja novo protesto e ameaça de invasão dos moradores de Humaitá e Apuí, no sul do Estado.

A onda de violência na região começou na última quarta-feira, quando moradores incendiaram a sede da Funai e veículos do órgão. Ameaçados, cerca de 150 índios buscaram proteção do Exército. Na sexta-feira, moradores incendiaram as barreiras que servem de pedágio cobrado pelos índios na Transamazônica.

Parte dos moradores acredita que os três homens desaparecidos há duas semanas Aldeney Salvador (funcionário da Eletrobras), Luciano Ferreira (representante comercial) e Stef de Souza (professor em Humaitá) tenham sido sequestrados pelos índios após a morte de um cacique. A polícia diz que o cacique Ivan Tenharim morreu atropelado.

Em nota, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) levanta dúvidas sobre a morte do cacique, e diz que veículos de comunicação locais passaram a incitar ódio e violência contra os índios por conta do desaparecimento dos três homens. O conselho pede investigações sobre a morte do cacique e a segurança dos povos indígenas.

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