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Rio de Janeiro - Até Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) pertencem à região de influência de São Paulo, o grande centro urbano de comando do país. Há 40 anos, as duas capitais da região Norte estavam subordinadas diretamente a Belém (PA) e a Manaus (AM). O estudo divulgado ontem pelo IBGE mostra que os 1.028 municípios que compõem a rede da metrópole paulista concentram 28% da população brasileira e 40,5% do PIB nacional.

"São Paulo já era a grande metrópole em 1966, mas esse papel, em quase todas as variáveis analisadas, se descola bastante das demais metrópoles no âmbito nacional", diz o pesquisador do IBGE Claudio Stenner, um dos coordenadores do estudo. No entanto, apesar da presença de uma rede bem-estruturada de centros intermediários, a concentração do PIB per capita na capital paulista era 27,9% maior do que a média dos municípios de sua rede (os dados de PIB municipal são de 2005). A divisão da renda entre a capital e os demais 1.027 municípios da rede mostra um PIB per capita de R$ 21,6 mil para a "cabeça", ante R$ 14,2 mil para o restante do grupo.

Outra coordenadora do estudo, a pesquisadora Evangelina de Oliveira avalia que a centralização em São Paulo "é ruim e é boa". "Não se pode ter o Incor em todos os municípios do país", disse. "O que se precisa é garantir que os equipamentos e serviços estejam em lugares acessíveis. O planejamento funciona para a saúde, para a instalação de shopping center, para a distribuição de jornal, para o atacadista, para o governo. Essa é a utilidade do nosso trabalho."

A rede de 264 municípios do Rio de Janeiro reunia 11,2% da população do país e 14,39% do PIB nacional. O PIB per capita na capital fluminense era de R$ 14,81 mil, ante R$ 14,89 mil para os demais municípios. Das 12 metrópoles, apenas Rio e Goiânia apresentaram PIB per capita menor nas capitais, em relação ao total da rede de influência.

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