O suplente do vereador assassinado no município de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, na última segunda-feira está sofrendo ameaças de morte. José Wilmar Luciano, do Partido Progressista (PP), ainda não decidiu se vai ou não assumir a vaga de Valdomiro Francisco da Silva, morto com um tiro na nuca quando participava de um churrasco no bar Na Hora, no bairro Gralha Azul. A posse está marcada para a próxima quinta-feira.
Dono de um salão de beleza e morador da cidade há 18 anos, Luciano prestou queixa à polícia depois de sofrer ameaças durante a semana. No dia seguinte ao enterro de Silva, na quarta-feira, a porta do salão amanheceu marcada com uma pichação preta: "Vai morre" (sic). Na manhã seguinte, um bilhete foi jogado por debaixo da porta. "Suas horas estão contadas, você não vai chegar a assumir a vaga do meu camarada, você cai antes", dizia. Luciano possui uma escola de cabeleireiros. Ontem, quando uma das alunas atendeu o telefone, a voz de um homem disse "diz pro Luciano que ele vai morrer."
Os policiais do município continuam tentando decifrar a morte do vereador. "Estamos investigando para saber quem está fazendo essas ameaças e esclarecer a morte do vereador. Já temos alguns nomes de suspeitos", afirma o investigador Silas Miranda, da Delegacia de Fazenda Rio Grande.
Luciano diz que não descarta a hipótese de tudo não passar de uma brincadeira. "Mas também pode ser alguém tentando desvirtuar a investigação da morte do Valdomiro", afirma. O suplente também disse que está tomando alguns cuidados com a segurança. Sobre sua posse, ele diz estar conversando com advogados e com a família para tomar uma decisão.



