A Polícia Civil procura pistas de Jeferson Diego Gonçalves, 31 anos, acusado de matar a estudante uruguaia Martina Conde Piazza, 26 anos, na madrugada do dia 3 de março. O corpo da universitária foi encontrado em um apartamento na área central de Foz do Iguaçu três dias depois do crime.
O pedido de prisão preventiva de Gonçalves foi decretado no último domingo, 9. Ele é considerado foragido.
Imagens do circuito interno de segurança do edifício onde o crime ocorreu mostram Martina e Gonçalves subindo escadas do prédio, por volta das 5h20 do dia 3. Cerca de 50 minutos depois, o suspeito aparece saindo do edifício, com as chaves do apartamento. O imóvel pertence a amigos de Martina. Eles viajaram no carnaval e pediram a ela que cuidasse do apartamento.
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) indica que a estudante morreu por asfixia mecânica provocada por estrangulamento e enforcamento por fio elétrico. A polícia não encontrou no apartamento sinais de luta corporal. No entanto, o titular da Delegacia de Homicídios, Marcos Araguari de Abreu, diz que o suspeito pode ter se desentendido com a estudante.
Gonçalves já tem passagens pela polícia, mas o teor das acusações anteriores não pode ser divulgado porque a investigação tramita em segredo de justiça. Ele é autônomo e divorciado. A foto do suspeito e a imagem do vídeo onde ele aparece foram divulgadas pela polícia.
Martina morava em Foz do Iguaçu havia três anos e cursava Antropologia e Diversidade Cultural na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Os pais da estudante vieram do Uruguai para buscar o corpo da filha, levado ao país no último sábado, 8, em um avião do governo uruguaio.
Bastante conhecida no meio cultural da cidade e admirada por professores e colegas, a estudante era considerada uma ativista em defesa dos direitos da mulher.
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