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A Polícia Civil prendeu quatro suspeitos de envolvimento na onda de assassinatos que assolou Londrina e cidades da região metropolitana no fim de janeiro. É o que aponta o balanço da primeira etapa da Operação Força-Tarefa, deflagrada na quarta-feira (2). Durante a ação, os policiais também apreenderam uma arma de fogo com numeração suprimida.

Os presos – que não tiveram os nomes divulgados - foram transferidos para Casa de Custódia de Londrina (CCL). Informações preliminares indicam que dois destes suspeitos tiveram ligação com a morte do policial militar Cristiano Luiz Bottino, de 33 anos. No entanto, esta informação não foi confirmada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp).

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A operação contou com o apoio de 40 policiais civis de várias delegacias, entre elas, da Delegacia de Homicídios de Londrina, do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Grupo Tigre), do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, da Delegacia de Cambé e da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) de Londrina.

Embora não confirme, a Polícia Civil também não descarta a relação deste atentado com outros crimes ocorridos em Londrina e região metropolitana. Horas após o ataque contra o policial, duas pessoas foram assassinadas em bairros próximos. Na mesma semana, na noite do dia 29, o policial militar Cristiano Bottino foi morto na zona norte. Na madrugada seguinte, 26 pessoas foram baleadas, sendo que 11 morreram.

O secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, esteve em Londrina no início da noite de quinta (3) e afirmou que as investigações referentes a esses crimes também prosseguem, embora ele não possa comentar o caso, justamente para não atrapalhar o trabalho dos policiais.

“Óbvio que a sociedade e a imprensa esperam uma elucidação rápida destes crimes, que são graves sim. Mas o tempo da policia é o tempo da prova. O que nós queremos é uma investigação profunda, técnica e que ao final, possa garantir com 100% de certeza a participação de cada indivíduo e se um crime teve relação com outro”, afirmou durante

Outro suspeito

Um suspeito de ter tentado matar outro policial militar, na zona norte de Londrina, foi preso na tarde desta quinta-feira (3). O atentado ocorreu no dia 25 de março, quando o PM – que estava de folga –deixava uma farmácia na Avenida Saul Elkind.

O suspeito foi preso na casa de parentes no Vale dos Tucanos, na zona sul de Londrina. De acordo com a Polícia Civil, o acusado foi reconhecido graças às câmeras de segurança da farmácia, que gravaram o ataque.

As imagens mostram dois homens se aproximando e fazendo cerca de dez disparos contra o policial, que foi atingido três vezes - no braço e no abdome. Ele foi socorrido por um colega e sobreviveu ao ataque. O rapaz detido já teve passagem pela polícia por roubo. Outro suspeito de ter envolvimento no atentado teve a prisão decretada.

De acordo com o delegado Ricardo Casanova, ainda não é possível apontar os motivos do crime. “Ainda não posso precisar a motivação nesse ponto da investigação. Ainda faltam algumas diligências para que possa averbar o porquê da tentativa de homicídio contra este policial militar”, explicou.

Onda de assassinatos

A onda de assassinatos na região de Londrina começou na noite do dia 29 de janeiro, após a morte do policial militar Cristiano Luiz Bottino, que foi baleado no Conjunto Milton Gavetti, na zona norte da cidade. Depois deste crime, uma série de ataques foi registrada em vários bairros de Londrina e algumas cidades da região metropolitana.

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Foram confirmadas as mortes de onze civis, sendo que cinco deles tinham antecedentes criminais. Entre estas vítimas, está um jovem de 22 anos que morava em Ibiporã. Segundo a polícia, ele foi morto em confronto com a PM, quando estaria voltando de um assalto em Sertanópolis.

As motivações e as circunstâncias das outras mortes continuam sendo um mistério, já que as investigações coordenadas pela Polícia Civil seguem em sigilo. O trabalho está sendo acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que solicitou laudos e perícias ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML). Se houver algum indício de execução ou abuso, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pode abrir uma investigação independente.

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