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Os nove presos na Operação Fênix, para desarticular a cúpula da organização criminosa comandada por Luiz Fernando da Costa, o "Fernandinho Beira-Mar", devem ser trazidos para a superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, nos próximos dias. A PF confirmou que dos nove presos, cinco já estão na capital paranaense - entre elas a mulher de Beira-Mar, a estudante de Direito Jaqueline Alcântara de Morais que é acusada de chefiar o esquema do traficante.

A "Operação Fênix" da PF ainda não está concluída e outros pessoas podem ser presas nos próximos dias. Deflagrada na quinta-feira (22) em quatro estados, os agentes prenderam o que a investigação da PF aponta como a cúpula da quadrilha de Beira-Mar - advogados e familiares do traficante. Por medida de segurança, a PF não informou as unidades para onde os detidos foram levados.

Com as prisões, a PF acredita ter desmantelado a cúpula da quadrilha que agia, a mando do traficante, do lado de foram dos muros da penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. As investigações mostram que a quadrilha lavava o dinheiro do tráfico de drogas. "Localizamos uma enorme fazenda no Paraguai que era gerenciada por uma pessoa que foi presa ontem (22) em Mato Grosso do Sul. No local tinha uma pista para pouso asfaltada", explicou o delegado federal Wagner Mesquita de Oliveira. Além da fazenda, 20 carros do grupo de Beira-Mar foram apreendidos, além de vários documentos. Bilhetes

Entre os documentos, estão bilhetes, recados e cartas que, segundo a PF, demonstra que o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar continua comandando o tráfico de drogas de dentro das penitenciárias federais de segurança máxima de Catanduvas, no Oeste do Paraná, e de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. As anotações foram apreendidas dentro de duas celas da penitenciária de Catanduvas.

Para comandar de dentro da penitenciária o tráfico de drogas, Beira-Mar utilizava familiares dele e de outros detentos para levar e trazer informações. "Essas informações chegavam no momento em que os presos recebiam as visitas", explicou um agente da PF, que pediu para não se identificar. Na cidade de Catanduvas, Beira-Mar montou uma estrutura - alugou casas, carros e táxis para servir à quadrilha. Esta estrutura, explica o agente, era para duas mulheres que faziam o serviço de "leva e traz" de informação: Rosimeri Batista de Freitas, de 36 anos, e Jaqueline Kely dos Santos Arantes, 29. Elas estão entre os presos na Operação Fênix.

Os mandados de prisão e os de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crime organizado e lavagem de dinheiro. A ação da PF foi realizada sob o comando da Coordenação de Polícia de Repressão a Entorpecentes e do Serviço Sul da Coordenação de Operações Especiais de Fronteiras.

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