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Volta ao diálogo

Professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram ontem, em assembleia, manter a greve, que já dura 96 dias. No entanto, os docentes aprovaram a proposta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) de flexibilizar a reivindicação original caso o governo federal volte a negociar com a categoria. As negociações foram encerradas no dia 1º de agosto.

A proposta apresentada pelo governo federal aos servidores técnico-administrativos, em greve desde 11 de junho, foi acei­­ta na tarde de ontem pelos funcionários da Universidade Fe­­deral do Paraná (UFPR) e do Ins­­tituto Federal do Paraná (IFPR).

O reajuste de 15,8% – di­­­­vi­­dido em três parcelas a serem pagas até 2015 – e o aten­di­­mento a outras reivindica­ções relacionadas à carreira e às condições de trabalho, no en­­tanto, foram rejeitados pelos servidores da Universidade Tecno­lógica do Paraná (UTFPR) e da Universidade Federal da In­­tegração Latino-Americana (Unila).

Os funcionários da UFPR e do IFPR voltarão a se reunir em assembleia amanhã para decidir se encerram a greve. "Aceitamos o acordo do governo. Agora, vamos esperar o posicionamento das outras universidades", afirma o técnico do Hospital de Clínicas (HC) Bernardo Pilotto, do Comando Local de Greve da UFPR. Ele explica que o fim da greve não depende de um posicionamento unânime de todas as instituições e a paralisação pode acabar separadamente em cada universidade.

A previsão é de que os servidores da Federal e do IFPR retornem ao trabalho a partir da próxima segunda-feira. A informação é do diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Pú­­blico de Curitiba, Região Me­tropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest) Márcio Palmares. Segundo ele, estavam presentes na assembleia de ontem cerca de 350 funcionários das duas instituições.

Segundo Pilotto, os servidores da Unila e da UTFPR rejeitaram a proposta do governo por não contemplar reivindicações locais. Representantes dos comandos de greve das duas universidades foram procurados pela reportagem para comentar o resultado das assembleias, mas não foram encontrados.

Orçamento

De acordo com o Ministério do Planejamento, a proposta feita pelo governo aos servidores implicará em um impacto orçamentário de R$ 2,9 bilhões, e, caso assentida, deve ser incluída no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2013.

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