
Uma pessoa morreu em decorrência da tempestade que atingiu o Rio de Janeiro nesta segunda-feira (6). O motorista de uma van, identificado como Ronaldo Gonçalves Fontinhas, de 37 anos, morreu ao ser atingido por uma árvore. Ele dirigia pela Rua Marechal Floriano, próximo à Light (distribuidora de energia elétrica), no centro da capital fluminense. Com a tempestade, 53 escolas ficaram fechadas e nove tiveram funcionamento parcial.
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A estação de medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Copacabana, na zona sul da cidade, registrou rajadas de vento de 93 quilômetros por hora (km/h) às 8 horas. Na estação de Marambaia, na zona oeste, foram registradas, às 7 horas, rajadas de 86 km/h.
A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) afirmou na tarde desta segunda que foram registradas 99 quedas de árvores após o temporal. O balanço aponta as árvores caídas até o meio-dia. A maioria delas foram registradas na zona sul da cidade - um total de 59. Outras 30 caíram na zona norte e 10 na oeste.
A companhia diz que os principais pontos atingidos foram Alto da Boa Vista, Vidigal, Laranjeiras, Vila Isabel, Méier, Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande, Bangu, Pedra de Guaratiba e Santa Cruz.
A Central de Operações da prefeitura do Rio afirmou que ao menos 85 sinais de trânsito apresentaram problemas. A CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirma que operadores estão nos pontos identificados para atuar na orientação dos motoristas.
Além disso, cerca de 15 bairros das zonas norte, sul e oeste continuam sem luz.
Frente fria
A frente fria que atinge o Rio desde o início da manhã também provocou falta de luz e interdições no trânsito. Rajadas de vento chegaram a atingir 100 km/h, por volta das 5h40, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Essa é a terceira vez no ano que o instituto registra velocidades intensas de vento na cidade. No dia 3 de janeiro, os picos de ventania alcançaram 121 km/h no mesmo bairro da zona oeste. No dia 10 de março, as rajadas de vento chegaram a 106 km/h na Vila Militar, em Deodoro, também na zona oeste.
"Os ventos são mais intensos nessa região da zona oeste porque ela fica mais ao sul, próximo à Baía de Sepetiba", disse a meteorologista do Inmet Marlene Leal à reportagem.
A estação de medição do instituto também registrou rajadas de vento de 93 km/h, entre 6h e 8h, no Forte de Copacabana, zona sul. Na estação de Marambaia, zona oeste, foram registradas rajadas de 86 km/h.
"Essa frente fria, que veio do sul, é passageira e deve sair do Rio de Janeiro até o fim do dia. Ela segue ainda hoje para o Espírito Santo", afirmou Marlene Leal.
Transporte
O mau tempo também prejudicou o funcionamento do corredor exclusivo para ônibus da zona oeste do Rio, conhecido como BRT Transoeste. As chuvas que atingiram a região provocaram uma queda de energia, que deixou apagados sinais de trânsito, além de seis estações de embarque e desembarque de passageiros. Os ônibus passaram a trafegar com velocidade mais reduzida.
Os aeroportos não chegaram a fechar, mas tiveram que operar por instrumentos, opção usada quando há mau tempo que dificulta pousos e decolagens.
Santos registra ventos de 92 km/h
A forte tempestade da madrugada desta segunda-feira obrigou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos a interditar seis avenidas da cidade. Os ventos, que chegaram a alcançar 92 km/h, derrubaram árvores que causaram os bloqueios. Além disso, em alguns pontos da cidade, as árvores provocaram a queda da rede elétrica e o rompimento da rede de abastecimento de água.
A Defesa Civil de Santos registrou diversas ocorrências durante a madrugada. Entre as ruas Gauibê e Pirajá da Silva, na altura do número 575, uma das árvores caiu em cima de um carro e provocou interrupção total de energia na região. No morro Santa Maria, as quedas atingiram um barraco. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o órgão, choveu 30,4 milímetros das 00h00 às 06h00 desta segunda. A velocidade máxima dos ventos (92 km/h) foi registrada à 01h40. Apesar da tempestade, não houve pontos de alagamentos na cidade.
Tempestade no Rio








