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Ventos de até 103 quilômetros por hora, seguidos de temporal causaram vários estragos na tarde desta quinta-feira (19), na região Sul de Santa Catarina e na Capital. Os municípios mais atingidos foram Araranguá, Ermo, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Sombrio, Maracajá, Içara, Arroio do Silva, Santa Rosa do Sul, além de Florianópolis e Santo Amaro da Imperatriz. "É cedo para se fazer um levantamento preciso, mas recebemos informações de queda de energia, principalmente nas redes de baixa tensão, queda de postes, árvores e destelhamento de casas", explicou o gerente da Defesa Civil/SC, major Emerson Emerim.

O vendaval, que começou devastando o sul de Santa Catarina, chegou à Florianópolis por volta das 16h30. A explicação do fenômeno é de que um ciclone extratropical empurrou a frente fria vinda do Rio Grande do Sul, onde vários municípios gaúchos também foram atingidos. Três pessoas sofreram lesões graves após serem lançadas no mar com a queda de um guindaste no porto de Imbituba. Pessoas feridas foram atendidas em Araranguá, onde mais de 170 edificações foram atingidas pelo vendaval, conforme informações da Defesa Civil. Criciúma, até o início da noite se mantinha sem energia elétrica no centro da cidade. A comunicação com a cidade, através de telefone fixo, celular e internet, se manteve precária durante toda a tarde.

O estádio Heriberto Hulse, do Criciúma Esporte Cloube, teve grande parte de sua cobertura arrancada pelas rajadas de ventos. Em Jaguaruna, um galpão desabou e uma pessoa ficou ferida.

Em Florianópolis, a praia do Pântano do Sul, no sul da ilha, uma embarcação virou e os ocupantes foram resgatados. Uma onda de aproximadamente três metros de altura, segundo Amarildo Arante, dono de um tradicional restaurante na localidade, varreu a praia avançando pela areia e arrastou canoas e carros. "Eu nunca vi uma onda tão grande", disse, observando que as pessoas já haviam deixado a praia quando começou a ventar.

Em vários pontos da capital catarinense a população ficou assustada com a forte ventania. Cerca de 80 mil residências ficaram sem energia, conforme informações da companhia elétrica do Estado (Celesc). A prioridade, segundo a empresa, é para o conserto dos equipamentos afetados em áreas que abrigam hospitais e clínicas. Algumas casas foram destelhadas.

O risco de mais temporal, com descarga elétrica, granizo isolado e rajadas de ventos entre 70 a 80km/h, conforme a estação meteorológica Epagri/Ciram, se estenderá para a faixa Oeste e Sul até amanhã (20). Os ventos fizeram a temperatura cair subitamente no dia mais quente do ano no Sul de Santa Catarina: 38ºC.

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