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Segurança

Termina o seqüestro mais longo de SP

Irmã do jogador Ricardo Oliveira é libertada depois de 159 dias no cativeiro

São Paulo – Policiais civis libertaram ontem Maria de Lourdes Oliveira, de 35 anos, irmã do jogador do Milan, Ricardo Oliveira. Maria passou 159 dias no cativeiro. Ela havia sido seqüestrada há 160 dias, na Casa Verde, zona norte da capital. Foi o seqüestro mais longo registrado em São Paulo.

Uma denúncia anônima levou a polícia até um apartamento no Parque São Rafael, na zona leste. A irmã do jogador estava amarrada e deitada em uma cama. Ninguém vigiava o local do cativeiro. Foram encontradas apenas duas toucas ninjas. Ela disse aos policiais que passou por quatro cativeiros, recebia poucos alimentos e chegou a ser agredida com chutes e socos na noite de segunda-feira.

"Agora estou bem melhor. Apanhei muito e pensei que eles fossem tirar minha vida", desabafou Maria de Lourdes, amparada por um dos irmãos após sair do Pronto-Socorro do Hospital São Mateus.

A notícia ganhou destaque no site do clube italiano, onde Ricardo Oliveira atua desde o ano passado. No portal do Milan, o título "Finalmente libertada" pode ser acessado apenas na versão italiana. Na matéria, um dirigente do clube disse ter recebido a notícia pelo próprio jogador. "Maria foi liberada e está bem", disse o atacante ao dirigente, emocionado e aliviado. O fim do seqüestro ainda ganhou destaque no site da Gazzetta dello Sport, o principal jornal italiano sobre esporte.

A irmã do jogador Ricardo de Oliveira foi seqüestrada no dia 4 de outubro, na casa onde mora com a família. Dois bandidos dominaram o marido dela e levaram Maria de Lourdes. Durante mais de cinco meses, seqüestradores mantiveram contato com a família, mas não chegaram a um acordo em relação ao valor a ser pago. A polícia chegou a suspeitar de um dos filhos de Maria de Lourdes, de 14 anos, que teve passagem pela Febem.

Familiares de jogadores de futebol estão na mira dos seqüestrados nos últimos anos (leia acima). Este é o segundo caso de seqüestro de uma irmã de atleta. Na maioria dos casos, os bandidos levaram as mães dos jogadores. O último caso foi o seqüestro de Sheila Pereira da Silva, de 21 anos, irmã do lateral esquerdo do Palmeiras, Michael Anderson Pereira da Silva. Ela ficou nove dias em cativeiro e foi libertada no dia 14 de setembro, após pagamento de resgate.

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