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A polícia concluiu às 15h30 desta quarta-feira (19) a reconstituição do desfecho do seqüestro da estudante Eloá Pimentel, de 15 anos, morta pelo ex-namorado, Lindemberg Alves. Às 15h a polícia tinha concluído os trabalhos dentro do apartamento onde a garota foi mantida refém por 100 horas.

Peritos da Polícia Civil permanecem fazendo medições do lado de fora do apartamento, mas os principais protagonistas da reconstituição deixaram o local.

A Secretaria de Segurança Pública informou que tudo correu dentro do esperado e que agora resta aguardar o resultado dos laudos, que devem sair dentro de 30 dias.

A advogada de Lindemberg Alves, Ana Lúcia Assad, afirmou que ainda falta ouvir a versão de seu cliente sobre o episódio. Ela também pediu que se espere os resultados do laudo. "Não descarto a hipótese de pedir uma nova reconstituição", disse ela.

Nayara Silva, de 15 anos, deixou na tarde desta quarta-feira (19) o local onde aconteceu a reconstituição do cárcere privado que terminou com a morte de Eloá Pimentel em Santo André, no ABC. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a jovem deixou o prédio onde ocorreu o crime após o término da segunda etapa da simulação, concluída por volta das 13h50.

A terceira parte da reconstituição simulou a invasão ao apartamento pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).

Na primeira etapa, a polícia reconstituiu a entrada de Lindemberg Alves, de 22 anos, no apartamento e a saída de Nayara Silva do local pela primeira vez. A segunda parte simulou o retorno de Nayara ao cativeiro.

Lindemberg Alves era ex-namorado de Eloá e a manteve em cárcere privado por mais de 100 horas. A jovem foi atingida por um tiro na cabeça e morreu. Amiga da garota, Nayara também levou um tiro. A polícia previa que a reconstituição, iniciada às 11h, durasse pelo menos oito hora, mas o trabalho dentro do apartamento foi concluído em quatro horas.

A Secretaria de Segurança Pública informou que 105 policiais pariticiparam do esquema de segurança do prédio. Dentro do apartamento, pelo menos 22 pessoas participam da reconstituição.

Pai de Eloá

O advogado da família de Eloá Pimentel, Ademar Gomes, afirmou que o pai da adolescente, Everaldo Pereira dos Santos não irá se entregar à polícia. Ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas, Everaldo é procurado sob acusação de ter participado de um grupo de extermínio que atuava naquele estado.

"Ele corre risco e não quer ser morto em uma cadeia", disse o advogado ao chegar ao Jardim Santo André, em Santo André, onde acontece a reconstituição.

O defensor, no entanto, não participou da simulação e deixou um assistente em seu lugar. Para Gomes, a reconstituição poderá jogar luz sobre alguns pontos indefinidos do caso. "Por que ela voltou ao cativeiro? Qual era a finalidade? A operação já estava 50% ganha", afirmou.

A advogada de Lindemberg Alves, Ana Lúcia Assad, que participa da reconstituição, disse ao G1 que seu cliente, preso em Tremembé, está bem. "Temos ido visitá-lo semana sim, semana não." Ela afirmou que a família o visita todos os finais de semana.

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