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O médico geneticista Salmo Raskin explica que a presença de albinos é mais comum em populações isoladas ou com pouca variabilidade genética, como aldeias indígenas e quilombos. “É preciso lembrar que, no passado, a comunidade começou com um grupo pequeno de pessoas. Assim, a taxa de casamentos consanguíneos é maior. É o que chamamos de efeito fundador”, diz. Raskin frisa que a presença de albinos não tem nenhuma relação direta com a etnia. “É decorrente de aspecto sociais”, reforça, como casamentos entre aparentados. Sendo assim, se a população indígena se espalhasse e fosse mais miscigenada, logo os casos de albinismo seriam mais raros.

Essa regra não vale apenas para o albinismo. Quanto mais rara é a doença ou anomalia genética, mais provável que os pais sejam parentes entre si em algum grau, mesmo que bem distante. “O fato de serem primos não provoca nenhuma doença, apenas aumenta a incidência de que falhas genéticas se encontrem”, salienta. E mesmo entre os não-albinos, uma em cada 70 pessoas é portadora do gene. Raskin comenta que, de forma mais evidente, os primeiros registros médicos de albinismos são do século 18. Mas há menções na Bíblia.

Há quatro tipos de albinismo, dependendo do gene afetado. Praticamente todo albino tem algum grau de problema de visão. Destaca-se a fotofobia, mas também estão frequentemente presentes outros problemas na visão, como nistagmo (tremores oculares), pouca pigmentação da íris, dificuldade em diferenciar cores e alterações nos nervos ópticos.

O dermatologista Caio Cesar Silva de Castro comenta que os albinos têm mais risco de desenvolver câncer de pele, principalmente do tipo epidermoide. “Não é uma predisposição genética. É por causa da exposição ao sol sem proteção”, conta. O albino não tem pigmento na pele e cabelos, devido à ausência ou defeito de uma enzima envolvida na produção de melanina. Por isso, precisam usar óculos, chapéu e camiseta de manga comprida, além de filtro solar sempre. (KB)

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