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Debate

Todos pela Floresta Amazônica

Empresários e gestores públicos reunidos na Bahia discutem aplicação de modelo sustentável para a Amazônia

Vista geral da Amazônia: terra arrasada, mobilização internacional e luta por sustentabilidade | Divulgação
Vista geral da Amazônia: terra arrasada, mobilização internacional e luta por sustentabilidade (Foto: Divulgação)

Comandatuba (BA) - A Floresta Amazônica precisa sobreviver – e isso só será possível se a sociedade pensar alternativas que agreguem valor econômico à região, uma das mais diversas do planeta. Esse é o caminho apontado pelo governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), para acabar com o desmatamento e gerar recursos para a "economia verde". A proposta envolve até o recém-implantado Bolsa-Floresta, um benefício para o morador que preserva o local.

"Se quisermos que a floresta sobreviva é preciso dar valor econômico a ela", disse na segunda-feira o governador do Amazonas, reunido com 320 empresários no 8º Fórum Empresarial, que terminou ontem, em Comandatuba, Bahia. Já o governador do Acre, Binho Marques, pediu compensação, com recursos nacionais ou internacionais, pela conservação da floresta. O estado tem 98% de cobertura vegetal e seu plano econômico e ambiental prevê utilização de apenas 5% do território.

Braga reforça que as reservas ambientais são estratégicas para se vencer as dificuldades do planeta. "Quando ouvimos do presidente dos Estados Unidos e de lideranças da América Latina que a "economia verde" é uma das portas para atravessar a crise, entendemos a janela de oportunidades que há no serviço ambiental", completou. De acordo com o governador do Amazonas, o Brasil teria de investir US$ 5,7 bilhões por ano para salvar a floresta.

Ao entender que a pobreza é um dos entraves à preservação, o governo do Amazonas criou o Bolsa-Floresta, que compensa financeiramente as populações tradicionais e indígenas pela conservação das florestas, rios, lagos e igarapés. O mecanismo é parecido ao do Bolsa-Família, do governo federal, que remunera famílias de baixa renda que cumprem as condições do programa. Cerca de 5.250 famílias já foram beneficiadas pelo Bolsa-Floresta, cada uma recebendo R$ 50 por mês.

A reciclagem da latinha de alumínio é um exemplo da importância de se agregar valor econômico à conservação. "A latinha de alumínio era um problema para prefeitos. Mas depois que a reciclagem passou a ter valor econômico, a gente nem parou de tomar refrigerante e já tem alguém para pegar a lata e reciclar", disse o governador. O desafio está lançado.

A jornalista viajou a convite do evento.

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