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Atualizado em 04/07/06 às 13h30

Uma manifestação dos trabalhadores do Porto Paranaguá fechou na manhã desta terça-feira (4) o quilômetro 12 da BR-277, que liga o Litoral paranaense a Curitiba. Durante três horas, cerca de 300 pessoas bloquearam os dois lados da rodovia em protesto contra a implantação de um novo sistema de controle dos funcionários. O congestionamento chegou a dez quilômetros.

De acordo com o Sindicato dos Estivadores de Paranaguá, a "chamada eletrônica" que começou a funcionar na segunda-feira (3) estaria dificultando a distribuição de serviços aos funcionários. "O novo sistema não leva em conta as peculiaridades de cada trabalhador", explicou Orlei Correia, diretor do sindicato. "Um trabalhador habilitado para trabalhar com guincho poderá ser sorteado para qualquer outra função".

Para Correia, os trabalhadores não são contra a "chamada eletrônica" mas querem que sejam criados meios para que o sistema identifique a categoria de cada trabalhador. "Todos estão batendo ponto e aceitaram a chamada. Mas precisa haver correção também no sistema de horas, já que trabalhamos por produção."

A assessoria de imprensa do Porto de Paranaguá não soube informar a situação dos trabalhos no porto. Oficialmente, a empresa não irá se manifestar sobre o protesto. Nenhum representante do Órgão Gestor de Mão-de-obra (OGMO), responsável pela implantação da "chamada eletrônica", foi localizado pela reportagem.

Congestionamentos

As três horas em que a BR-277 ficou totalmente bloqueada fez com que uma fila de veículos de dez quilômetros se formasse no sentido Curitiba-Paranaguá. Em direção contrária, o congestionamento chegou a seis quilômetros.

Com o protesto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) desviou parte do fluxo de veículos, no sentido Curitiba, em um contorno no quilômetro 10. Quem precisou sair da capital teve que esperar o protesto acabar ou usar a BR-376 no sentido Santa Catarina.

Para impedir o fluxo, os manifestantes queimaram pneus e galhos de árvores. No começo da tarde, funcionários da concessionária Ecovia, empresa responsável pelo trecho, ainda estavam limpando a pista, o trânsito já havia sido normalizado, mas se mantinha lento.

Veja imagens do protesto na reportagem em vídeo

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