Perguntas de audiência pública serão respondidas depois
Audiência pública para discutir o projeto do metrô em Curitiba aconteceu na tarde desta quarta-feira (15), no Parque Barigui. Cerca de 500 pessoas participaram, a maioria representantes de entidades ligadas à construção.
No total, 20 pessoas se inscreveram para fazer perguntas ou sugestões. Ao contrário do que se esperava, porém, elas não foram respondidas na hora.
A prefeitura deve analisar as questões e responder individualmente, por e-mail. Ainda não se sabe se as respostas serão publicadas em algum documento acessível ao público. Algumas questões mais citadas, no entanto, foram respondidas de modo aberto no evento.
No início, o prefeito Gustavo Fruet (PDT), o presidente do Ippuc Sérgio Pires e o secretário de planejamento Fabio Scatolin fizeram apresentações sobre a proposta do metrô.
"A audiência é importante para as pessoas se manifestarem ao projeto e eventualmente as sugestões serão acatados pela equipe que coordena o metrô. As sugestões não devem alterar a minuta do metrô, mas se forem importantes podem ser colocadas em fase posterior", explicou Fruet.
Apesar de constar no projeto original do metrô de Curitiba, a pesquisa de origem-destino, que deve ser iniciada este ano, não vai influenciar o trajeto que já foi estabelecido para a primeira linha da capital. Segundo o prefeito Gustavo Fruet (PDT), o percurso ligando a CIC Sul ao Terminal do Cabral já teve a sua "demanda justificada" no Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) da obra e por isso não dependeria do resultado de um estudo posterior.
"A escolha do traçado do metrô, inclusive, é um dos fatores para que o investidor tenha garantia de que num prazo de 30 anos ele terá uma demanda a ser atendida", disse Fruet durante audiência pública sobre a minuta do metrô na tarde desta quarta-feira (15) [leia mais sobre a audiência ao lado].
A pesquisa de origem-destino mede as necessidades de locomoção dos moradores de uma cidade em relação ao transporte público e a veículos particulares. A ideia final é que as locomoções sejam feitas com mais eficiência, aliviando o tráfego e adaptando o sistema de transporte coletivo de modo que ele seja realmente uma opção para que as pessoas deixem o veículo individual em casa.
Esse tipo de pesquisa é comum em outras grandes cidades do mundo, como São Paulo - que realiza uma a cada 10 anos - e Nova York. Será a primeira vez que o levantamento será feito em Curitiba, apesar de ser prometido há anos.
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Sérgio Pires, afirmou, no mesmo evento, que a pesquisa vai impactar "toda a rede de transporte, inclusive o metrô", mas não o traçado. No entanto, ele não quis dar prazos para o lançamento do levantamento. O Ippuc informou, apenas, que ela deve sair ainda este ano e o projeto ainda está em fase anterior à licitação, e que terá o custo estimado de R$ 6 milhões.
Outra pesquisa na região metropolitana
De responsabilidade da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), deve ser iniciada no próximo mês uma pesquisa de origem-destino feita na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) com resultado semelhante à anunciada pela prefeitura da capital. O levantamento, porém, vai levar em consideração apenas usuários de ônibus de linhas metropolitanas, de modo a identificar o modelo de concessão para o sistema.
Os questionários serão feitos somente em terminais e estações tubo, enquanto o levantamento de Curitiba deve ser feito em residências, de modo a levar em consideração as necessidades dos usuários de transporte individual.
O objetivo é verificar quais as necessidades dos usuários metropolitanos e adaptar linhas e itinerários. Também é interesse do estudo verificar qual é o custo real da integração do transporte da capital com a região metropolitana um benefício que, nos últimos anos, dependeu de subsídios do governo e da prefeitura para que o preço da passagem não subisse em demasia.
Segundo Jota Camargo, ex-prefeito de Colombo e um dos dirigentes da Comec, a ideia é que haja uma "troca de dados" com a prefeitura, já que as duas pesquisas analisarão pontos muito parecidos. A pesquisa da Comec já foi licitada e custará R$ 1,5 milhão.
O estudo será feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em convênio firmado com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano do governo estadual ainda em novembro do ano passado.
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião