O usuário de drogas Bruno Luís Andrade de Almeida Barra, 26, foi preso em flagrante na manhã desta sexta-feira (5) por ter matado a própria mãe e a enterrado no quintal de casa, localizada no bairro Santa Quitéria, em Curitiba. Bruno confessou o crime e que a motivação se deu por "forças superiores", de acordo com a polícia. Há menos de um mês, um caso similar se deu no bairro Santa Cândida.
O superintendente do 9º Distrito Policial, Valdir Bicudo, relata que o crime se deu na noite de quarta-feira (3). Bruno matou a mãe, Carmen Barra Andrade, 55, com várias pauladas. Depois do crime, ele a enterrou no quintal.
O pai e os dois irmãos ficaram intrigados sobre o paradeiro da mãe. Bruno mentiu desconhecer onde ela estava e mencionou a possibilidade dela estar em um hospital. "A família fez uma busca frenética, que acabou nesta manhã", conta Bicudo.
Aproveitando que Bruno estava dormindo, por volta das 9h o pai resolveu averiguar por que a terra do quintal estava mexida. Encontrou o corpo da esposa. A família chamou a polícia, que prendeu Bruno em flagrante por crime de ocultação de cadáver (artigo 211 do Código Penal). Somente por esse crime, Bruno pode ficar preso por até três anos, sem contar o possível assassinato.
Bicudo antecipou que o delegado Anderson Cassio Franco, que preside o inquérito, deve pedir a prisão preventiva de Bruno nas próximas horas por homicídio com vários qualificantes (motivo torpe, emboscada, sem chance de defesa, traição, meio cruel). Se condenado, Bruno pode receber a pena máxima: 30 anos de reclusão.
Força estranha
Bicudo diz ter conversado com Bruno duas vezes. Ele teria alegado ao policial que uma "força superior, maior do que tudo" o teria feito matar a mãe. "Fui possuído", teria dito Bruno.
À imprensa, Bruno em meio a prantos mencionou que sentia ciúmes. "Ela não me abraçava", disse. Também declarou estar arrependido e disposto a pagar pelo que fez.
O superintendente Bicudo diz não ter dúvidas que as drogas também contribuíram para o comportamento do rapaz. "[A droga] é uma coisa nefasta e destrói as famílias e os lares". Bicudo ressalta que esse caso deveria ser lembrado toda vez que o tema da descriminalização das drogas venha à tona.



