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Paralisação

Transporte para em 5 capitais

Greve prejudica circulação de metrôs e trens em Belo Horizonte e em quatro cidades importantes do Nordeste. Em São Paulo, pane atrasa composições

Passageiros perderam bastante tempo à espera de um trem em São Paulo: falha elétrica | Rivaldo Gomes/Folhapress
Passageiros perderam bastante tempo à espera de um trem em São Paulo: falha elétrica (Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress)

Parte dos trabalhadores dos sistemas de trens e metrôs de cinco capitais brasileiras está em greve desde a zero hora de ontem. Os trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), ligada ao Ministério das Cidades, reivindicam reajuste de 5,1%, o equivalente à reposição da inflação. Eles também exigem gratificação de desempenho por passageiro transportado, pagamento integral de plano de saúde e adicional noturno de 50%. A CBTU atua em Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN) e Recife (PE).

Em São Paulo, um problema elétrico prejudicou a circulação de trens na linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ontem de manhã. Em algumas estações, os trens puderam usar apenas um sentido da via férrea, o que causou superlotação e espera. A CPTM não estimou o número de usuários afetados. Diariamente, circulam pela linha 9 cerca de 500 mil passageiros.

Problemas

Em Belo Horizonte e no Recife, que têm os maiores sistemas de metrô, os trens só funcionaram nos horários de pico – das 5h20 às 8h30 e das 17 h às 19h30, na capital mineira, e das 5 às 9 horas e das 16 às 20 horas na capital pernambucana. No restante do dia não houve viagens.

Nas outras três cidades, o sistema operou em horário normal, mas fez apenas 30% das viagens. O mesmo esquema deverá ser mantido hoje, já que os sindicatos disseram que não receberam nenhuma nova proposta da CBTU neste primeiro dia de greve. "A greve é por tempo indeterminado. Só vamos sair quando as negociações avançarem", disse o membro do sindicato pernambucano e vice-presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Diogo Morais.

O presidente da CBTU, Francisco Colombo, disse que a greve nas cinco capitais afetou pouco os passageiros. Isso porque, segundo ele, os sindicatos mantiveram os trens em operação nos horários de pico. Os grevistas, ao contrário, afirmam que a população sentiu o impacto. Segundo ele, a estatal ofereceu "reajuste zero" neste ano porque, no ano passado, já concedeu 6,4% aos trabalhadores, entre outros benefícios.

Em Belo Horizonte, representantes do sindicato que representa os metroviários vão se reunir com a CBTU na próxima segunda-feira, na sede do Tribunal Regional do Trabalho, para tentar avançar nas negociações.

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