Os tremores de terra registrados em Londrina, no Norte do estado, em dezembro de 2015 e janeiro de 2016 devem ter sido causados por motivos naturais. A conclusão, ainda preliminar, é de um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) que está colaborando com estudo, consultorias e demais atividades ligadas aos tremores, a partir das informações coletadas pelos sismógrafos instalados pela USP na cidade.
“Tudo ainda mostra características naturais para o processo. Não identificamos nenhuma indução”, diz o professor José Paulo Pinese, do departamento de Geociências da instituição.
Segundo Pinese, como os primeiros eventos foram registrados próximos a uma área em que havia obras da Sanepar, inicialmente as pessoas acreditaram que os tremores poderiam ter sido induzidos. Contudo, teria sido uma série de movimentos nas rochas balsáticas, logo abaixo da camada de solo, que teria provocado os tremores. Prova disso é que foram registrados não apenas no bairro Jardim Califórnia, mas também no Jardim São Fernando, no Jardim Caravelle/Centro Cívico, no Jardim Petrópolis e até na área periurbana do município.
“Quem tem força para movimentar blocos de rocha são as placas tectônicas. Vivemos longe da borda da placa, então sofremos menos esforços, mas ainda assim sofremos com eles. É a frequência e a magnitude [dos tremores] que são diferentes”, explica Pinese. Conforme o professor, associados à grande presença de água no solo, os tremores teriam provocado colapsos de solo e deslizamentos.
“Agora continuamos investigando as consequências dos tremores e dos colapsos em edificações”, conta o professor. Entre as questões levantadas estão a margem de segurança dos edifícios para aguentar tremores como os registrados e o que, no que diz respeito à fundação e aos acabamentos, poderia ser melhorado.
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