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Vídeo | Reprodução RPC TV
Vídeo| Foto: Reprodução RPC TV

Em setembro deste ano, o Corpo de Bombeiros de londrina, região Norte do estado, atendeu 175 incêndios e queimadas em Londrina. O número é quase três vezes maior que os casos registrados no mesmo mês do ano passado (60). Mas, segundo os bombeiros, apesar da estiagem, boa parte das ocorrências poderia ser evitada, porque são situações de moradores que põem fogo em terrenos para acabar com o mato.

"Para o período de inverno, normalmente esperamos um aumento nas ocorrências de incêndio devido à estiagem. Mas, neste ano, ela tem se prolongado muito além do esperado. Já era para ter chovido. Como está tudo muito seco, é muito fácil que uma fagulha espalhe o fogo", contou o capitão do Corpo de Bombeiros, Ricardo Jammes Teixeira.

Ele ressaltou que a maior parte dos incêndios não são acidentais. "Muitas pessoas querem limpar um terreno com fogo. Quem faz isso não tem consciência, pois além da fumaça que produz, que com certeza incomoda as pessoas, principalmente aquelas que têm alergia, pode causar um acidente, por exemplo, se a fumaça for em direção à pista de veículos."

Na manhã da última terça-feira, na Avenida Tiradentes, os bombeiros foram chamados para apagar uma queimada, que provocou intensa fumaça na região. O fogo foi extinto, mas, à tarde, os bombeiros foram chamados novamente para apagar outra queimada no mesmo local. "Provavelmente foi feita por alguém que queria limpar o terreno", observou o capitão.

Além de evitar iniciar uma queimada, Teixeira pediu que as pessoas só liguem para o Corpo de Bombeiros se o fogo estiver colocando em risco a vida das pessoas ou patrimônio. "O número de ocorrências está bem maior e temos que priorizar as de maior risco. Podemos ir atender uma que não esteja causando perigo em vez de atender uma que gere risco", explicou.

Outro alerta que o capitão faz é para casas de madeiras. Devido à longa estiagem, a madeira fica muito seca e queima facilmente. "Se a instalação elétrica não estiver boa e a pessoa deixar o ventilador ligado a noite inteira, por exemplo, pode esquentar muito e gerar um incêndio que vai se alastrar rapidamente", afirmou Teixeira. Em setembro, os bombeiros atenderam 26 incêndios em edificações, sendo que a maioria (8) se localizava na região central de Londrina.

Não há previsão de chuva

A gravidade da estiagem na região pode ser medida pela quantidade de chuva registrada no mês passado: foram apenas 3,9 milímetros de água, conforme o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Essa quantidade representa 3,1% da média histórica para o mês, que é de 125 milímetros. Em setembro do ano passado, por exemplo, o acumulado foi de 159 milímetros. Pelo menos pelos próximos dias, o tempo seco deve permanecer. Conforme o Simepar, não há previsão de chuva até domingo. Segundo a meteorologista do Iapar, Angela Beatriz da Costa, também não deve chover na próxima semana. "Há um bloqueio atmosférico que impede que a frente fria avance para o norte do Paraná. No Rio Grande do Sul está chovendo e a chuva já chegou até Telêmaco Borba. Mas o bloqueio impede que chegue até aqui. Além disso, não há condições favoráveis para a formação de áreas de instabilidade, que são as chuvas", explicou.

INTERATIVIDADE – O que deveria ser feito para evitar queimadas em terrenos?

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