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SÃO PAULO - Uma turbulência em um Airbus da TAM que se preparava para pousar na segunda-feira à noite no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na grande São Paulo, deixou 22 pessoas feridas, entre passageiros e tripulantes. O voo JJ 8095 saiu de Miami, Flórida, nos Estados Unidos, às 12h11 de segunda-feira (horário de Brasília) e pousou às 19h35 em Cumbica. O incidente ocorreu meia hora antes da aterrissagem e pegou a tripulação e os 154 passageiros de surpresa, muitos sem o cinto de segurança.
O piloto havia acabado de dar o sinal para se colocar o cinto quando a aeronave caiu no vazio durante 30 segundos. Muita gente estava em pé nos corredores. Houve pânico e gritaria. O avião mal conseguiu se estabilizar e caiu novamente no ar, segundos depois. Várias pessoas bateram a cabeça no teto da aeronave. Malas e objetos que estavam no compartimento de bagagem voaram por todos os lados. Uma pessoa estava no banheiro e ficou grudada no teto.
Feridos
Segundo a TAM, 13 pessoas foram atendidas no terminal e liberadas em seguida. Oito passageiros foram encaminhados para os hospitais. Duas pessoas continuavam internadas no Hospital Oswaldo Cruz e no Albert Einstein. O corretor de seguros Francisco Celestino Garcia Júnior, de 59 anos, passou ontem por cirurgia. Ele teve fraturas no fêmur e no ombro e deverá ficar quatro meses sem andar. A aposentada Maria Inês Bernardes de Lima, de 73 anos, também quebrou o fêmur e duas vértebras. Ela deve ser operada amanhã. Ontem à tarde, uma passageira menor de idade, que já estava em casa, em Ribeirão Preto, a 319 quilômetros de São Paulo, sentiu dores e foi examinada em um hospital da cidade, com diagnóstico de fratura.
No Hospital Geral de Guarulhos, uma paciente cansou de esperar por transferência e foi embora ainda de madrugada. Outras duas tiveram alta e uma foi transferida para um hospital do plano de saúde dela. A TAM informou que está dando total assistência às vítimas, mas não deu detalhes sobre o ocorrido.
Investigação
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão de prevenção do Comando da Aeronáutica, já começou a investigar o caso. Além de coletar materiais, a Aeronáutica deve entrevistar os passageiros, mas já adiantou que a investigação tem o objetivo de estabelecer recomendações para prevenir futuros acidentes aéreos, ou seja, não deve encontrar culpados nem estabelecer punições.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já recebeu um relatório produzido pela TAM sobre o acidente. O documento foi feito pela segurança operacional da companhia e também não tem caráter punitivo.
