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Homenagem

Um médico no mundo das letras

Ricardo Pasquini, um dos maiores nomes da hematologia e da oncologia no país, toma possa hoje na Academia Paranaense de Letras

O médico Ricardo Pasquini: reconhecimento de um trabalho de mais de 30 anos | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O médico Ricardo Pasquini: reconhecimento de um trabalho de mais de 30 anos (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

O médico Ricardo Pasquini toma posse hoje na Academia Paranaense de Letras. Ele foi escolhido em uma votação realizada pelos acadêmicos e ocupará a cadeira número 35, que já pertenceu ao também médico Moyses Paciornik, falecido em 2008. Pasquini é autor de dois livros – um deles foi o primeiro sobre medula óssea escrito em português. Além disso, é autor de diversos capítulos de livros e artigos científicos publicados no Brasil e no exterior.

Para o homenageado, o reconhecimento de uma entidade que não é da área médica tem um sentido especial. Pasquini já foi laureado por instituições médicas de todo o mundo. As mais recentes são dos Estados Unidos e da Espanha. "Participar da academia é um gosto especial em função do reconhecimento por um trabalho realizado e consolidado por mais de 30 anos. É uma homenagem que enobrece", diz.

Pasquini é um dos médicos mais conceituados do Brasil quando o assunto é hematologia e oncologia. Ele participou da equipe de profissionais que realizou o primeiro transplante de medula óssea da América Latina, em 1979. O médico possui uma vasta produção científica, com mais de 200 artigos publicados.

Ele ocupará a cadeira que tradicionalmente é destinada a médicos na Academia Paranaen­se de Letras. Entre seus ocupantes estão José Pereira de Macedo e Mário Braga de Abreu. O presidente da academia, José Carlos Veiga Lopes, explica que o candidato precisa ser indicado por quatro acadêmicos. Depois há uma votação. "Pasquini foi indicado pelo seu relevante trabalho na área médica. A posse de um novo acadêmico é nosso evento mais importante."

Aos 72 anos, Pasquini, que nasceu em Curitiba, está aposentado de suas funções no Hospital de Clínicas, mas continua sua atuação como professor emérito na Universidade Federal do Paraná, onde orienta pesquisas na pós-graduação. Para este ano, ele trabalha na segunda edição do livro sobre medula óssea e participa de projetos de pesquisa.

A Academia Paranaense de Letras foi criada em 1936, com o objetivo de preservar e divulgar a literatura em seus aspectos científico, histórico, literário e artístico e participar de iniciativas para o desenvolvimento cultural do Paraná e do Brasil.

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