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Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade (à esquerda) pode ser usado para quitar dívida da Uniandrade | Elton Damasio / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade (à esquerda) pode ser usado para quitar dívida da Uniandrade| Foto: Elton Damasio / Agência de Notícias Gazeta do Povo

O Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) pode perder a sede administrativa da instituição no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, para quitar uma dívida de cerca de R$ 16,5 milhões (valores atuais) com a Rodobens Consórcio, empresa que financiou a construção do imóvel. A determinação para que o prédio seja entregue é da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A decisão de reintegração de posse foi determinada no último dia 19, mas somente nesta terça-feira (25) tornou-se pública.

A Uniandrade pode recorrer, mas não foi possível conversar com representantes da empresa até as 11h40 de quarta-feira (26) a para confirmar se isso será feito e se os alunos podem ser prejudicados de alguma forma.

O campus da Uniandrade no bairro Santa Quitéria tem dois prédios e o que pode ser repassado à Rodobens é o menor deles, chamado de Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade. O outro não estaria envolvido na ação.

O cumprimento da reintegração de posse pode ser autorizado ainda esta semana, de acordo com o advogado da Rodobens na ação, Júlio César Brotto. Segundo ele, a juíza Renata Estorilho Baganha, da 11ª Vara Cível de Curitiba já foi comunicada da decisão e pode pedir a desocupação do imóvel a qualquer momento. "A juíza de primeiro grau já autorizou o reforço policial, caso haja resistência", disse o advogado.

A reportagem entrou em contato com a Uniandrade, por volta das 8h30 e às 11h40 desta quarta-feira, e a informação repassada foi de que o reitor não estava na instituição. A Uniandrade afirmou que, até o momento, não tinha nada a declarar sobre a decisão judicial. Os advogados da empresa também não foram localizados.

A dívida

A Uniandrade teria dado o imóvel do prédio administrativo como garantia para utilizar cartas de crédito da Rodobens para financiar a construção do edifício. Segundo Brotto, a dívida era de cerca de R$ 7 milhões. Não foi possível confirmar em que ano ocorreu a negociação. O grupo educacional não teria pago parte das parcelas e os juros, gerando o débito. Brotto, porém, não sabe se o valor atual do imóvel quitará os R$ 16,5 milhões da dívida atualizada. "Nós temos receio que ele (o edifício) não encerre a dívida."

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