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Trechos contemplados no projeto do metrô e outros eixos de transporte com perfil mais consolidado e ter­­renos livres, como as avenidas Paraná (Boa Vista e Santa Cândida) e Presidente Wenceslau Braz (Guaíra, Parolin e Portão) e a Rua Deputado Heitor Alencar Furtado (Ecoville), são vistos pelos arquitetos e professores do mestrado e doutorado em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Fábio Duarte e Clóvis Ultra­­mari, como os grandes concorrentes da Linha Verde na ocupação de Curitiba. "Por que alguém decidiria morar na Linha Verde agora se há muita área vazia no eixo Norte, que só recentemente começou a receber lançamentos imobiliários (e tem o metrô previsto)?", questiona Duarte.

A mesma pergunta tangencia a lógica do mercado imobiliário da cidade, segundo o economista Fábio Tadeu Araújo, sócio da Brain – Bureau de Inteligência Corpo­rativa, consultoria de várias em­­presas do ramo em Curitiba. "O principal fator de venda de um imóvel é localização e, no momento, há outras regiões da cidade mais favoráveis, por vezes até próximas da Linha Verde, mas não nas margens da rodovia."

Contudo, a Linha Verde co­­­me­­­ça a se beneficiar de um mo­­­vimento geral de desenvolvimento da parte Sul de Curitiba. O Censo 2010 deverá trazer no­­­vos olhares sobre a região, mas, segundo estimativas do Ippuc, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta­­tística (IBGE), a avenida terá 22 mil novos moradores em 2020 e 16.215 novos domicílios, tendo o Xaxim como carro-chefe desse crescimento.

Com o tempo, a tendência é que o forte crescimento desses bairros comece a chegar às beiradas da Linha Verde. É isso que motivou, por exemplo, o primeiro investimento da construtora mineira MRV na avenida: 1.008 apartamentos em um terreno na esquina com a Rua Ipiranga, no Pinheirinho. Lançadas em diferentes fases a partir do fim de 2009, 980 unidades já foram comercializadas. Segundo o gestor-executivo regional da MRV, Marcelos Alves, além da localização, o enquadramento dos apartamentos no programa "Minha Casa, Minha Vida também teve tudo a ver o sucesso do empreendimento. Outras 544 unidades de mesmo padrão serão lançadas no Bairro Alto, perto do Hospital Vita, neste ano. (FZM)

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