A Urbs, empresa responsável pela administração do transporte coletivo de Curitiba, informou ontem que já apresentou um plano alternativo para o consórcio de ônibus para suprir a demanda no caso de paralisação dos empregados da CCD Transporte Coletivo S/A. Em assembleia realizada na noite de terça-feira, os funcionários da CCD, responsável por cerca de 10% do sistema de transporte coletivo da capital, decidiram pelo indicativo de greve em 72 horas.
A assessoria de imprensa da Urbs informou que o município não vai interferir na negociação entre a CCD e empregados e que não acredita que a paralisação seja efetivada. Conforme a assessoria do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), a paralisação é uma resposta ao atraso no pagamento dos salários do mês de dezembro, do residual do 13º salário e do vale-alimentação. Ainda segundo o Sindimoc, se o pagamento não for efetivado até amanhã, os cerca de 1,1 mil empregados entrarão em greve.
Empresa
De acordo com o representante legal da CCD, Carlos Alberto Farracha de Castro, a situação deve ser regularizada até sexta-feira, o que impediria a paralisação. A empresa pagou 40% do salário do mês de dezembro, no último dia 20, mas os 60% restantes, com vencimento na última segunda-feira, não foram quitados. A primeira proposta da CCD era pagar o restante em parcelas em até dez dias. A empresa alega que já quitou o 13º salário e o vale-transporte dos funcionários.
"Nunca atrasamos os salários dos funcionários até o ano passado. O problema é que esse novo modelo do transporte coletivo é deficitário. O fato é que o sistema entrou em colapso", alega Castro.



