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Investigações sobre o caso Rachel

O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) continua as investigações sobre a morte de Rachel, mas até agora ninguém foi preso. Segundo a delegada-adjunta Vanessa Alice, responsável pelo caso, já foi solicitado o exame de DNA de mais de 30 pessoas.

"Mas até agora não chegamos ao autor. Várias pessoas também já foram ouvidas. Temos outras linhas de investigação, de casos de pessoas ligadas à família e amigos que depois do crime saíram da capital. Todos que tinham contato com a menina estão sendo investigados", afirmou a delegada Vanessa.

A Urbs (Urbanização de Curitiba) vai instalar cerca de 50 câmeras de segurança na Rodoferroviária de Curitiba. O prazo para o funcionamento dos equipamentos é de 60 dias (já testados e operando), contados a partir da próxima semana, quando devem começar a serem instaladas as fiações das câmeras. A prefeitura havia prometido uma licitação para o início de janeiro deste ano, mas isso não chegou a ser feito.

Há quatro meses, um crime bárbaro foi cometido nas instalações da rodoviária. A estudante Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, de 9 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala abandonada. O corpo foi achado na madrugada do dia 5 de novembro do ano passado. A falta de câmeras de segurança suficientes no local foi muito criticada logo após o crime. As imagens, somente do lado externo da rodoferroviária, não ajudaram nas investigações.

Ainda no mês de novembro, a prefeitura prometeu uma licitação para a contratação das câmeras de segurança. No entanto, segundo a assessoria de imprensa da Urbs, o projeto original foi mudado e a licitação, prevista para janeiro desse ano, nem chegou a acontecer. "Uma semana antes da abertura da licitação fomos verificar que tinha uma solicitação da Defesa Social da prefeitura, que também estava desenvolvendo um modelo de monitoramento na cidade, e se discutiu a possibilidade dos dois sistemas se comunicarem. Daí houve dificuldade na questão da compatibilidade e o projeto da rodoferroviária foi refeito", explicou Rubico Camargo, diretor de Desenvolvimento da Urbs.

Segundo o diretor, o novo projeto foi desenvolvido pelo Instituto Curitiba de Informática (ICI). O sistema será similar aos já utilizados nas câmeras de segurança instaladas na Rua XV, Largo da Ordem, Parque Barigui e nas Ruas da Cidadania. "A Defesa Social da prefeitura vai ter acesso imediato às imagens das câmeras da rodoferroviária da sala de monitoramento deles e a Polícia Militar também terá uma senha para acessar as imagens", adiantou Rubico Camargo.

Ele admite que o projeto original era mais simples e foi "feito com certa pressa, pela pressão social" gerada pelo caso Rachel. O diretor da Urbs também afirmou que o prédio da rodoferroviária tem algumas particularidades que não conseguiriam ser superadas pelo primeiro projeto desenvolvido. A questão de o teto ser muito baixo, a quantidade de colunas e passarelas, mais a iluminação, foram pontos desenvolvidos nesse novo estudo para a instalação das câmeras.

Investimento

O custo para a colocação dos equipamentos vai girar em torno de R$ 380 mil, segundo Camargo, já contando com o período de um ano de manutenção. De acordo com informações da Urbs, por dia, a média de passageiros e pessoas que circulam pelo local é de 25 a 30 mil pessoas. "Toda a área da rodoferroviária será coberta. Interna e externa, onde ficam os passageiros, na chegada e na saída das pessoas, nos corredores e nas passarelas", garantiu.

Será colocada uma sala de monitoramento das imagens dentro da rodoferroviária. O arquivo terá capacidade de armazenamento de 30 dias, depois será feito um backup. Após esse período, as novas imagens vão cobrindo as antigas. Ao ser questionado sobre o atraso da prefeitura em instalar os equipamentos de segurança no local, o diretor de Desenvolvimento da Urbs disse que o aperfeiçoamento do projeto original era necessário. "A demora se justifica. Agora é um projeto melhor e com mais segurança", definiu.

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