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Uma das quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba foi fechada na manhã desta quinta-feira (9) por causa da greve dos funcionários dos hospitais filantrópicos e particulares. Dos 38 leitos, nove não recebiam pacientes nesta manhã. A greve da categoria em Curitiba e região metropolitana de Curitiba teve início na terça-feira (7).

A assessoria de imprensa do hospital informou que 40% dos funcionários do setor de enfermagem do turno da manhã não compareceram ao trabalho nesta quinta por causa da paralisação. A maior parte dos grevistas trabalha nas UTIs. Por causa do número reduzido de profissionais, não foi possível fazer o remanejamento para todas as áreas.

Além disso, 30 cirurgias eletivas foram canceladas nesta manhã na Santa Casa.

O atendimento à população também foi prejudicado no Hospital Cajuru. Cento e quarenta e quatro das 283 consultas (51%) agendadas para essa manhã foram canceladas.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, médicos e enfermeiros foram remanejados para conseguir realizar consultas dos setores de otorrinolaringologia, neurologia, cirurgia geral, as de urgência e as dos casos graves da ortopedia. Os médicos estão trabalhando normalmente, mas faltam enfermeiros e auxiliares.

Havia também restrições ao atendimento dos pacientes encaminhados pelo Siate e pelo Samu ao Cajuru nesta quinta.

No Hospital Pequeno Príncipe, duas das 21 cirurgias eletivas marcadas para a tarde desta quinta-feira foram canceladas por causa da greve. Outras 19 estão previstas e será preciso esperar a troca de turno dos funcionários para saber quantas serão realizadas. Dezesseis procedimentos estavam marcados para essa manhã e nenhum foi cancelado.

De acordo com o hospital, o índice de adesão à greve no Pequeno Príncipe é de 16% (no geral) e de 33,6% no setor de enfermagem nesta manhã.

O atendimento não foi afetado no Hospital Evangélico e no Hospital e Maternidade Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, na manhã desta quinta-feira, segundo as assessorias de imprensa dos hospitais.

O Serviço Social do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana, também não registrou problemas.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde em Curitiba, a adesão à greve é de 65% dos colaboradores do Hospital Pequeno Príncipe e variava entre 40 e 50% dos demais nesta quinta-feira.

O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (Sindipar) classificou a greve como abusiva.

Manifestações

Os grevistas faziam manifestações nos hospitais Pequeno Príncipe, Cajuru, Santa Casa, Cruz Vermelha, Evangélico e Nossa Senhora das Graças nesta manhã, segundo o sindicato. Os funcionários faziam passeatas nas ruas ao redor dessas instituições. Faixas e apitos eram utilizados para chamar atenção para o movimento. A Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) informou, por volta das 11h45, que não havia bloqueio de ruas nas proximidades dos hospitais e que não havia registro de outros problemas no trânsito.

Reivindicações

A categoria pede reajuste de 28% nos pisos salariais, reduções de jornada e novas contrações. O sindicato patronal (Sindipar) manteve a proposta de 6,5% de reajuste para os funcionários não vinculados a piso salarial, aumento entre 8,5% e 11,2% nos pisos até janeiro de 2012 e de aumentar em 30% o valor do vale-alimentação.

Mais informações em breve.

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