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Segurança

Acordo proíbe menores de 12 anos no banana boat

Acerto entre MP, Bombeiros, União e empresas que prestam o serviço também prevê uso de colete salva-vidas e capacete

Novas normas já estão valendo em Matinhos e vão entrar em vigor também em Guaratuba em breve | Antonio More/Gazeta do Povo
Novas normas já estão valendo em Matinhos e vão entrar em vigor também em Guaratuba em breve (Foto: Antonio More/Gazeta do Povo)

Crianças menores de 12 anos não podem mais andar de banana-boat, disco-boat, caiaques e similares em Matinhos. Essa é uma das determinações que passaram a valer ontem, a partir da assinatura do termo de ajustamento de conduta (TAC) por parte das empresas que gerenciam o serviço, o Corpo Bombeiros, a Promotoria de Justiça de Matinhos e a Secretaria de Patri­­mônio da União. As mesmas normas passarão a valer em Guaratuba em breve, segundo o Corpo de Bombeiros. A multa para a empresa que não respeitar as normas será de R$ 1.000 por dia.

A partir de 15 de fevereiro, também será obrigatório o uso de colete salva-vidas e capacetes. O prazo maior é para que as empresas te­­nham tempo de se adaptar. A ba­­nana-boat terá de ser dupla para garantir a estabilidade e o caiaque precisará ser numerado.

O acordo partiu de recomendações do Corpo de Bombeiros, que temia que acidentes graves pudessem ocorrer nas praias do estado. O caso foi levado ao Ministério Públi­­co do Paraná, que designou a promotora de Justiça Carolina Dias Aidar de Oliveira, de Matinhos, pa­­ra tratar do caso. "Precisávamos regulamentar a atividade e au­­mentar a seguranças das pessoas que contratam o serviço e também dos banhistas. Por isso eram necessárias essas adaptações", afirma a promotora.

Adolescentes entre 12 e 16 anos poderão andar na banana-boat e similares desde que estejam acompanhados de um adulto. Segundo o capitão Leonardo Mendes dos Santos, relações públicas dos bombeiros, sozinhas as crianças podem sofrer lesões com facilidade no equipamento.

Nesta temporada ocorreram 20 incidentes envolvendo esses tipo de embarcações em Matinhos e Guaratuba. Três deles envolviam crianças e adolescentes. Em um dos casos, um menino de 10 anos caiu na água, em Guaratuba, e quase se afogou. "A criança usava o colete salva-vidas. Mas, como o equipamento de segurança era muito grande para ela, acabou escapando, fazendo com que a criança afundasse e fosse salva por guarda-vidas", relata Santos.

Outras determinações também passaram a valer ontem, como a proibição do tombamento e de manobras arriscadas. Os reboques das embarcações podem utilizar somente uma raia – delimitada por cordas e boias de isopor –, para que a área de banho nas praias seja maior.

Mais caro

As empresas que exploram a atividade foram receptivas às mudanças. "Será ótimo para nós também, pois o risco de acidentes será me­­nor", considera Simone Pereira, gerente da JP Diversões, que atua no ramo na Praia Mansa de Caiobá. A empresa terá de investir R$ 20 mil em novos brinquedos e equipamentos de segurança, o que forçará o reasjuste do serviço. Os veranistas também aprovaram as mu­­danças. Uma delas é a professora Lorena Fraresso da Cunha, 40 anos, de Curitiba. "Sou mãe e acredito que meus filhos estarão mais seguros nos brinquedos sem a queda na água", afirmou.

Serviço:

Denúncias de irregularidades no banana-boat e equipamentos similares devem ser feitas à Capitania dos Portos, pelos telefones (41) 3721-1500, (41) 3422-3033, ou ao Corpo de Bombeiros, pelo 193.

Qual sua opinição sobre as novas regras para os brinquedos aquáticos

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