• Carregando...

Cuidados

Vinagre e nunca água doce

Segundo a bióloga Gisélia Rubio, são dois os animais que têm aparecido no Litoral: a caravela portuguesa, semelhante a uma bexiga, com tentáculos de até mais de um metro de comprimento e a água-viva gelatinosa, de tentáculos pequenos e não passível de visualização dentro do mar. "O banhista que avistar a caravela deve sair imediatamente da água; no caso de ver uma água-viva na areia, ela deve ser enterrada ou removida na hora", diz a bióloga.

A orientação para quem sofrer queimaduras é procurar ajuda junto aos postos de guarda-vidas localizados em diversos pontos da orla. Segundo o tenente Siqueira, o ideal é passar vinagre (acido acético) para aliviar a queimação e nunca lavar com água doce. "Ela faz com que as cápsulas de toxina sejam rompidas, liberando o veneno e aumentando a urticária no local." Se as queimaduras forem mais graves, procure um posto de saúde.

Serviço:

Informações ligue no Centro de Controle de Envenenamento: 0800 41 01 48.

Somente no primeiro mês da temporada de verão 2011/2012 foram registrados 592 casos de queimaduras por águas-vivas nas praias do Litoral paranaense. O número recorde é superior aos 541 casos registrados em toda a temporada passada e representa um aumento de cerca de 10.000% em relação ao primeiro mês da temporada anterior, quando houve apenas seis registros de queimaduras por águas-vivas em todo o Litoral.

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros Eziquel Siqueira, Matinhos, seguido de Pontal do Paraná e Guaratuba, lidera o número de ocorrências. A justificativa, segundo ele, é a maior concentração de banhistas nas praias do município. "Quanto maior o número de pessoas em determinado balneário, maior é a chance do aumento de casos. Além disso, na temporada passada o monitoramento feito pelo Corpo de Bombeiros e pela Secretaria Estadual de Saúde não era tão intensivo como neste ano", diz.

De acordo com a bióloga Gisélia Rubio, chefe da Divisão de Vigilân­­cia de Zoonoses e Intoxi­­cações da Secretaria de Saúde, correntes marítimas, mudanças climáticas e chuvas abundantes estão entre os fatores que podem ter causado uma maior incidência desses animais no Litoral.

Há três anos a família da argentina Ana Lia Montoya, de 46 anos, passa férias em Matinhos, no Litoral paranaense, e esta foi a primeira vez que alguém sofreu queimaduras por águas-vivas. Na tarde de ontem, o filho dela, Ezequiel Lipdrak, de 17 anos, teve um braço e parte do tronco queimados pelo animal. Nas proximidades de onde a família estava, em Matinhos, pelo menos mais três haviam sido queimados por águas-vivas ontem, contou Ana Lia. Ela disse que algumas pessoas que estavam no local orientaram o filho a passar bebida alcoólica sobre o ferimento, o que não é recomendado e pode piorar a queimadura.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]