
Não é permitido contato físico, a bola não quica e é possível dar apenas três passos com ela nas mãos. Essas são as diferenças básicas entre o handebol de areia e o de quadra. Mas já é o suficiente para que seja uma modalidade exótica para grande parte do público que, curioso, confere neste fim de semana o Campeonato Paranaense nas areias de Caiobá.
"O handebol de areia é totalmente diferente do de quadra", conta Maira Felipin, 18 anos, atleta do time Dom Bosco/Curitiba. Para se ter uma ideia, no lugar de quicar a bola no chão o atleta deve encosntá-la na areia, o que dá outra dinâmica para o jogo.
"Leva um tempo para pegar o jeito. Estamos acostumadas com o contato físico com jogadoras e aqui é só trabalho de perna", diz Lais Soares, 20 anos, também atleta do Dom Bosco/Curitiba. Mesmo assim, ela considera a modalidade mais fácil do que sua "parente" de quadra.
Entre as semelhanças, está o amor pelo esporte. A maioria dos atletas não é profissional, não recebe remuneração e se dedica a outras atividades. Mesmo assim, vieram até Caiobá para competir.
No time masculino de Marialva, por exemplo, estão representantes comerciais, vendedores e professores de Educação Física. Eles perderam um dia de trabalho e viajaram 8 horas para proporcionar, juntamente com as outras 11 equipes, um espetáculo diferente ao veranista.
Campeonato
Cinco equipes da categoria feminina e sete masculinas lutam pelo título de Campeão Paranaense de Handebol de Areia, que acontece desde sábado (30) nas quadras da Paraná Esporte.
No masculino, o time da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) está na frente. Já no feminino a diferença de pontos é maior, e a equipe de Marialva já é a virtual campeã da competição.
A disputa se encerra no domingo (31), às 12h40. Os campeões do torneio serão conhecidos após o somatório dos pontos obtidos em todas as etapas.



