Chuva provoca alagamentos e quedas de barreira no Litoral do Paraná

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A chuva - que atinge os municípios do Litoral do Paraná desde o fim de semana - provocou alagamentos e quedas de barreiras nesta quarta-feira (16). A rodovia PR-412, que leva a Guaratuba, está interditada nos dois sentidos desde às 15 horas desta quarta em razão de um deslizamento de terra. O bloqueio acontece do km 39 ao 42.

A rodovia ficará interditada, pelo menos, até a manhã de quinta-feira (17). Se a chuva continuar, a interdição poderá ser prolongada por causa do risco de novos deslizamentos, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

O incidente ocorreu nas proximidades do Corpo de Bombeiros e a interdição chega até o ferryboat. A chuva fez com que parte da terra da encosta rolasse sobre a pista.

A previsão inicial do órgão era de que a rodovia seria liberada por volta das 17h30, porém, isso não foi feito porque havia risco de novos deslizamentos de terra e por causa de um acidente no trecho.

Um funcionário da prefeitura que manobrava um dos tratores caiu no barranco, por volta das 17h25. O Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) foi chamado e encaminhou a vítima ao Pronto Socorro Municipal. Havia suspeita de fratura de costela e o trabalhador seguia internado.

O movimento estava abaixo do normal e por isso não havia congestionamento no local. O desvio deve ser feito pelo Centro de Guaratuba, o que aumenta a viagem em 1 quilômetro.

Também houve deslizamentos de pedras na Rua Airton Cornelsen, que dá acesso ao balneário de Caieiras. A região estava sem luz por volta das 17h por causa de uma árvore que caiu sobre a rede elétrica.

A chuva foi acompanhada de fortes rajadas de ventos que danificaram o telhado de uma casa noturna de Guaratuba.

Alagamentos

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a situação mais crítica é em Guaratuba, onde pessoas estão sendo retiradas das áreas atingidas. Foram registrados alagamentos nos balneários de Coroados, Nereidas e Piçarras.

Moradora do bairro de Coroados há apenas um mês, a atendente de restaurante Maria Esperança Bogado teve que deixar a casa e procurar abrigo na casa de parentes. A residência dela, na Avenida Capanema em uma área próxima ao mangue, foi invadida pela água. "O meu maior medo são os bichos que aparecem aqui, principalmente cobras e ratos que tentam entrar na casa", conta.

Uma das vizinhas de Maria, a auxiliar serviços gerais Delair dos Santos, 46 anos, é moradora do local há 1 ano e 3 meses e afirma que mesmo chuvas fracas provocam inundações. Sua casa é construída com elevação em relação ao nível do solo para evitar os prejuízos com as enchentes, mas desta vez a água chegou bem perto dos móveis.

"Nós tentamos impedir a água de chegar mais perto, mas é difícil. Nós sempre pedimos para a prefeitura ajuda para acabar com essa situação, mas nunca somos atendidos", reclama.

Em Matinhos também há pontos de alagamentos no centro da cidade, em Caiobá e na Vila Nova.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Leonardo Mendes dos Santos, a corporação somente realizou intervenções em Guaratuba, onde pessoas precisaram ser retiradas de locais atingidos. Em Matinhos nenhuma família teve de deixar suas casas. Em Pontal do Paraná não há registro desabrigados ou desalojados.