
Matinhos - Na hora de viajar com a família, é praticamente impossível fugir das perguntas "tá chegando?" ou "falta muito?" das crianças. No início do trajeto, elas costumam se empolgar, mas conforme o tempo vai passando, querem mesmo é chegar logo ao destino. Como passam muito tempo ociosas dentro do carro, o resultado é uma grande dose de impaciência e perguntas a todo instante.
Para evitar discussões e carinhas emburradas, o segredo é respeitar as necessidades dos baixinhos. "Os pais precisam entender que o movimento faz parte da vida da criança. É preciso mantê-la ativa, pois o acúmulo de energia de uma criança é maior do que o de um adulto e ela precisa gastar essa energia", explica a professora de Educação Física, especializada em Educação Infantil, Jussara Brum.
Jogos de charada e adivinhações, massas de modelar e músicas são bem-vindos. Outra boa dica é envolvê-los na viagem. "Se os pais forem ouvir música, podem alternar entre um CD do gosto deles e outro que agrade à criança. Além disso, os pais podem explicar o trajeto, quanto tempo já se passou, mostrar a cidade no mapa", ensina Jussara.
Com a tarefa de entreter os filhos Lucas, 8, e Mateus, 9, no percurso de seis horas de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, a Matinhos, o casal Genatan e Cheila Moschem pediu até a ajuda de terceiros. "Paramos em uma cidade e pedimos a alguns soldados do quartel que contassem a história do município para eles". Além das histórias, a mãe e os filhos também cantaram músicas e tiraram fotos das paisagens, apesar de o mais velho ter apagado as imagens. Muitas histórias, fotografias e músicas depois, os dois se acalmaram. "Na volta, é tudo isso de novo, mas a gente dorme ou tira mais fotos, só que o Mateus não pode apagar", planeja o caçula.
Já o casal Elaine e Luis Alfredo Uzanelli, de Londrina, adotou uma tática: eles explicaram aos filhos Pedro, 6, e Luísa, 4, o tempo que iria durar a viagem, para não haver maiores questionamentos. "Mostramos o relógio para eles e explicamos que a viagem duraria tantas horas. Não adiantou muito, pois eles sempre perguntavam quando é que veriam a praia. De toda forma, ajudou a passar o tempo", conclui o pai.



