O termo amor de verão não surgiu por acaso. É na estação mais quente do ano que a espécie humana está, de fato, mais disposta a se relacionar. "Como qualquer animal, o ser humano fica mais agitado no calor, mais atento para tudo, inclusive para interações sociais e sexuais", diz a psicóloga e terapeuta Giovana Tessaro.
As férias também contribuem para o romance. "É um período em que as pessoas abrem mão de boa parte das preocupações. Têm mais tempo para a paquera. Vão mais a lugares para se divertir, como a praia, a balada. A volta à rotina costuma ser empecilho para que boa parte dos relacionamentos não suba a Serra", diz Giovana.
"Um fator complicador para prolongar um romance de veraneio é a expectativa. Por mais que falem que não acreditem em amor de verão, as pessoas mantêm a fantasia de que vão conhecer alguém especial nas viagens de férias", aponta a diretora da Agência Matrimonial Par Ideal Sheila Chamecki Rigler.
Ela conta que, após o carnaval, quando o ano começa de fato para muita gente, seu número de clientes costuma aumentar em quase 100%. "São pessoas que se desapontaram com essa perspectiva do amor no verão", conta.
Palestrante e sócia do Centro Integrado da Mulher Joanah Pink, Andréia Berté fala que romances praianos devem ser cultivados como momentos memoráveis. "Não é hora de pensar em cobrança, em longo prazo. Se há interesse em fazer com que dure mais que uma estação, tem de sempre deixar uma pitada de quero mais. Insinuar e não revelar. Essa curiosidade despertada deixa o relacionamento ainda melhor", aconselha. (AB)



