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Segurança

Navegar exige responsabilidade

Para conduzir veículos aquáticos, piloto tem de ter habilitação e seguir regras. Em Foz, moça morre em colisão entre jet ski e lancha

Alem de ter habilitação, condutor de jet ski deve usar colete salva-vida | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Alem de ter habilitação, condutor de jet ski deve usar colete salva-vida (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)
Bombeiros procuram o corpo de Antonio Cantaleano no Lago de Itaipu |

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Bombeiros procuram o corpo de Antonio Cantaleano no Lago de Itaipu

A colisão entre um jet ski e uma lancha na noite de terça-feira (4), por volta das 22 horas, no Lago de Itaipu, em Foz do Iguaçu, causou a morte da estudante Raquel Castilho, de 19 anos. O condutor, o fotógrafo Antonio Cantaleano, de 32 anos, estava desaparecido até a noite de quarta-feira (5). Quatro mergulhadores do Corpo de Bombeiros faziam a busca por Cantaleano. Raquel estava de colete salva-vidas. Já o fotógrafo não vestia o equipamento. Ainda não se sabe qual foi a causa do acidente.

Nas últimas duas temporadas de verão, a Capitania dos Portos registrou no estado cinco mortes de pessoas que estavam em embarcações sem o colete salva-vidas. "Não basta portar o equipamento. É preciso que o condutor e a tripulação o utilizem de forma correta", enfatiza o capitão de mar e guerra da Marinha Marcos Antônio Nóbrega Rios, capitão dos portos do Paraná. O colete faz com que a pessoa flutue na água a cor laranja facilita a localização e resgate.

Além do colete, é obrigatório que o condutor tenha habilitação emitida pela Capitania dos Portos. A primeira categoria é a de arrais-amador. É preciso se inscrever para fazer a prova teórica - aplicada às quintas-feiras em Paranaguá -, que trata da segurança no mar, regras de tráfego, entre outros temas. Apenas pessoas com 18 anos ou mais podem se submeter ao teste. O candidato deve preencher a ficha de inscrição disponível no site do órgão, fazer o pagamento da taxa de R$ 40 e apresentar cópia autenticada do CPF e do RG, comprovante de residência e atestado médico para comprovar bom estado de saúde física e mental.

Outra questão fundamental é a distância que os veículos aquáticos precisam ter da costa: no mínimo, 200 metros. Se o banhista verificar que essa distância não é respeitada ou que o comportamento do piloto coloca em risco a segurança de quem está na água, deve-se anotar o registro da embarcação e denunciá-la à capitania.

É proibido conduzir veículos aquáticos alcoolizado. Assim como a polícia rodoviária, a Capitania dos Portos utiliza bafômetros para fazer exames de alcoolemia nos condutores. "O álcool é responsável por grande parte dos acidentes no mar. E o resultado dessa imprudência são pessoas mutiladas ou mortas", alerta o capitão.

Com relação à velocidade, não há limite máximo para ser respeitado. Por esse motivo os pilotos precisam ter atenção redobrada e bom senso quando há banhistas por perto. No âmbito da Capitania dos Portos, as punições aos infratores vão desde advertência até multa de R$ 2 mil. Além disso, as embarcações podem ser apreendidas e a habilitação suspensa.

Serviço:

Denúncias de embarcações irregulares ou que ponham em risco a tripulação e banhistas devem ser feitas à Capitania dos Portos, pelos telefones (41) 3721-1500, (41) 3422-3033 ou (45) 3523-2332.

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