A oscilação de energia elétrica que aconteceu no Litoral durante a véspera de ano-novo (31 de dezembro) foi fato isolado, afirma a Copel. O problema teria sido ocasionado pelo rompimento de um cabo em Matinhos, entre as ruas Lapa e Guarapuava, e isso fez com que houvesse problemas na Subestação do Grajaú. Os técnicos da Copel resolveram o problema às 22h07. O trânsito congestionado atrasou os reparos, pois funcionários da empresa não conseguiam chegar a Subestação de Pontal do Paraná, para poder transferir o fornecimento de energia.
De acordo o superintende de Distribuição da região Leste da Copel, Edson Benedito Cesar, não houve sobrecarga na rede, pois no horário de pico 20h30 do dia 31 o consumo foi de 183 megawatts, e a capacidade da Copel era de fornecer até 200 megawatts de energia. "Se não tivesse ocorrido o rompimento do cabo, não teríamos problemas. Não se trata da capacidade de fornecimento", ressalta Cesar. A Copel não soube informar o que causou o rompimento do cabo.
Os principais consumidores atingidos pela oscilação foram os de Ipanema e Shangri-lá, balneários de Pontal do Paraná. Houve interrupções às 20h30, 20h40 e 20h56 na Subestação do Grajaú (que abastece os balneários de Ipanema e Shangri-lá) , e na Subestação Albatroz (que abastece os balneários de Gaivotas e Pereque) às 21 horas, às 21h40 e 22h07. Segundo Cesar, não houve registro de interrupção em outras localidades das praias.
Para evitar que problemas como esse ocorram, a Copel passou a utilizar uma subestação móvel em Grajaú. Segundo a empresa, com essa medida é possível dividir a distribuição e com isso o número de afetados será menor, mas não houve aumento na capacidade.
Entretanto, ao contrário do que afirma a Copel, em Matinhos também ocorreu oscilação. Além disso, chegou a faltar água. Isso porque a Sanepar utiliza energia elétrica para captar água dos reservatórios que chegaram a ficar com a metade da capacidade por causa do consumo - e distribuir aos imóveis.
