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Lazer & aventura

Para baixo todo santo ajuda!

O sandboard, ou surfe praticado nas areias, faz a cabeça de turistas que visitam a praia da Joaquina, em Florianópolis, para descer dunas que podem chegar a 80 metros de altura

José Eduardo Wentz Neto, o Mister, voa sobre as dunas | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
José Eduardo Wentz Neto, o Mister, voa sobre as dunas (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)
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O sandboard atrai públicos variados às dunas da Joaquina |

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O sandboard atrai públicos variados às dunas da Joaquina

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Depois da estreia nos morros menores, alguns se jogam nos maiores |

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Depois da estreia nos morros menores, alguns se jogam nos maiores

Uma boa opção para depois das manobras na areia é um banho relaxante nas calmas águas da Lagoa da Conceição |

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Uma boa opção para depois das manobras na areia é um banho relaxante nas calmas águas da Lagoa da Conceição

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Dunas de areia da praia da Joaquina em Florianópolis são uma atração à parte para os turistas pelo visual e uma opção a mais para praticantes de esportes radicais como Sandboard |

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Dunas de areia da praia da Joaquina em Florianópolis são uma atração à parte para os turistas pelo visual e uma opção a mais para praticantes de esportes radicais como Sandboard

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Não gostar de água salgada já não é motivo para deixar de surfar e muito menos de sentir a adrenalina de deslizar sobre uma prancha. Em Santa Catarina, um esporte que atrai cada vez mais praticantes é o sandboard, o surfe feito nas dunas. As mais famosas e procuradas são as da praia da Joaquina, em Florianópolis.

Com até 80 metros de altura, as dunas são um desafio e tanto, especialmente para os iniciantes, que podem alugar pranchas próprias para a atividade em uma tenda montada na areia, além de receber instruções de guias que trabalham no local.

Mesmo com a orientação dos profissionais, os instantes que antecedem a descida são nervosos. A sensação de estar no alto da duna com os pés presos à prancha é parecida com a de um nadador prestes a saltar de um trampolim: mistura de tensão, adrenalina e expectativa.

Depois que se cria coragem para colocar a prancha em movimento, é necessário encontrar uma posição que garanta equilíbrio e permita concluir a descida sem quedas – algo quase impossível nas primeiras tentativas, como testemunhou o estudante de Rolândia, no Norte do Paraná, Rodrigo Nascimento, 20 anos. "Achei o sandboard muito divertido. Saí com alguns machucados na perna e alguns ralados no joelho, mas valeu a pena."

O esporte começa a ficar prazeroso a partir das descidas seguintes, quando se torna mais fácil encontrar o ponto de equilíbrio. Com algum cuidado, já é possível chegar ao pé da duna sem sustos pelo caminho. Uma chegada sem quedas, aliás, é tudo de que um iniciante precisa para afastar a insegurança inicial e abrir os primeiros sorrisos de satisfação.

A empolgação gerada pelas tentativas bem-sucedidas até faz o praticante esquecer o instante mais complicado e inconveniente do esporte: o retorno para o topo da duna. Como a Praia da Joaquina não tem teleféricos ou outro transporte, a volta para o alto do morro depende do esforço dos aventureiros, que precisam fazer o trajeto a pé, em meio à areia fofa.

Assim que acumulam boas descidas pelas dunas menores, os turistas mais arrojados procuram morros mais altos, onde o ritual das primeiras descidas é repetido – com uma diferença: o risco das quedas – e a consequente adrenalina – são maiores.

Os visitantes que não querem emoção em excesso, por outro lado, podem fazer a descida sentados e em dupla, pois também são alugadas pranchas com essas características. Embora menos procuradas, elas fazem bastante sucesso entre as famílias que têm filhos pequenos.

Para uma boa descida

O sandboarder Alexandre Teixeira, 26 anos, que trabalha como instrutor nas dunas da Joaquina, dá algumas dicas para tornar a descida mais prazerosa. A primeira recomendação diz respeito à posição dos pés na prancha, chamada de base. "Geralmente o pé ‘mais forte’ fica atrás, para controlar os movimentos da prancha". Também é importante fazer um leve movimento de flexão com as pernas e abrir os braços durante a descida, o que garante mais equilíbrio ao praticante.

Para que a descida seja suave, sem atritos com a areia, os atletas costumam riscar o fundo da prancha com vela. Eles também são criteriosos na escolha do melhor momento para praticar a atividade. "O ideal é um dia de sol, no fim da tarde, e sem vento", afirma Teixeira.

Além dele, outros 13 sandboarders atuam como instrutores na Joaquina. Todos pertencem à Associação de Proteção e Preservação das Dunas da Joaquina (APPD), cooperativa que oferece o aluguel das pranchas na região. O equipamento usado para a descida em pé é locado por R$ 10 a hora, enquanto a locação da prancha que permite descer sentado e em dupla custa R$ 20, também por uma hora.

Mergulho para relaxar

A bela ilha de Florianópolis oferece muitas opções para os visitantes que querem relaxar depois de uma boa sessão de sandboard. A Lagoa da Conceição, a poucos quilômetros das dunas da Joaquina, é perfeita para esse fim.

Com águas rasas e calmas, ela permite refrescantes banhos longe da água agitada do mar. Além do merecido descanso para os músculos, os mergulhos na lagoa são ideais para tirar a areia que inevitavelmente cobre o corpo e acompanha o turista depois da visita às dunas.

Como há muitos restaurantes em seu entorno, a lagoa também é uma boa pedida para quem quer apenas fazer um intervalo na atividade e – por que não? – voltar para as emoções do sandboard.

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