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Veranistas aproveitaram o sol ontem, na praia de Caiobá: entre os milhares de turistas que desceram a serra, muitos têm casa no Litoral e pretendem estender a estada com a família até fevereiro | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Veranistas aproveitaram o sol ontem, na praia de Caiobá: entre os milhares de turistas que desceram a serra, muitos têm casa no Litoral e pretendem estender a estada com a família até fevereiro| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Família

Três gerações praieiras e criativas

O nome José Carlos Pimentel desce a serra há três gerações. Primeiro foi o pai, hoje aposentado, que comprou uma casa em Caiobá – transformada no ponto de lazer da família por vários anos. Com os filhos crescidos, Junior, procurador de Justiça de 50 anos, comprou em 2006 um apartamento a poucos metros da casa original – que ainda permanece com a família. Com a mulher e os dois filhos, ele costuma ficar na região do Natal até o início de fevereiro. Enquanto o casal descansa, Neto, de 15 anos, aprimora a habilidade no surfe, assim como a outra filha, Isabella, de 17 anos.

Os quase dois meses de férias exigem criatividade na hora de encontrar passatempos. "Aqui, além da praia, fazemos caminhadas, eu saio para pescarias e, de vez em quando, fazemos uma viagem de um dia ou dois para Santa Catarina", conta José Carlos Junior.

O casal dribla os afazeres domésticos. Eles costumam levar pratos congelados de Curitiba, e a faxineira, que trabalha uma vez por mês, na temporada passa a fazer de quatro a cinco visitas mensais.

A família também permanece conectada à internet. São três notebooks e um tablet, além de tevê a cabo. São reservados para dias de chuva, que neste ano estão comuns no Litoral. (OT)

  • A farmacêutica Vanessa Albuquerque (ao centro) fez muitos amigos no Litoral, entre eles Giovanna (de biquíni) e Cláudia

Para a maioria dos veranistas, a temporada na praia dura uma semana ou dez dias. E é tempo suficiente para começar a sentir saudades de casa, da família e da vida rotineira. Como aqueles que possuem casa no Litoral e podem se dar ao luxo de passar até dois meses à beira do mar resolvem esse problema? Transferem a família e a casa para o outro lado da serra, como mostram os repórteres Osny Tavares e Rodrigo Batista:

Vinte temporadas consecutivas de praia

São vinte temporadas de verão seguidas na praia mansa de Caiobá. O casal Geraldo Albu­­querque, engenheiro civil, e Vanessa Albuquerque, farmacêutica, moradores de Curitiba, possuem um apartamento próximo à praia e não deixam de passar um só verão no Litoral. Na temporada 2011/2012, eles chegaram a Matinhos no Natal e pretendem ficar até o dia 2 de fevereiro. "Antes nós passávamos mais tempo aqui e gostaríamos que continuasse assim. Mas o calendário escolar dos filhos mudou muito e precisamos nos adaptar", explica Vanessa.

Mesmo com tantos anos seguidos de verão no mesmo lugar, eles não perdem a oportunidade de deixar a capital paranaense por um longo período e desfrutar da tranquilidade ao lado da família.

Para passar tantos dias no Litoral sem perder o ânimo, o casal faz o que mais gostaria de fazer durante todo o tempo em que está na capital: conviver com amigos e parentes por mais tempo. Com tantos anos à beira-mar, as amizades renderam. Uma delas veio do andar de cima do edifício em que o casal mora. Trata-se da empresária argentina Cláudia Dedini, moradora de Curitiba há 30 anos, que também passa quase toda a temporada de verão ao lado da filha, a estudante Giovanna Dedini. "Em Curitiba quase não temos tempo para nos encontrar e conversar. A praia é o lugar ideal para isso", disse Cláudia.

Caso chova durante o período de férias, o grupo tem a solução: conversar na sacada, ler um livro ou assistir a um filme já vale a pena para as duas famílias. "Trago em média cinco livros para ler por temporada, principalmente romances", comenta Vanessa. (RB)

CaiobáConforto e encontro com parentes

Quando o casal de comerciantes Sergio Bertoja, de 52 anos, e Rozangela Spack, 50, transferiu o controle da loja de vinhos de Campo Largo para um funcionário, descobriu as recompensas de uma vida em baixa velocidade. Gozando da aposentadoria, eles passaram a organizar longas estadas no balneário de Caiobá. Sérgio e Rozangela chegam na terceira semana de dezembro, antes do Natal, e permanecem até o carnaval.

"Gostamos dessa rotina. É mais calmo, mas não muito...", pondera Sergio, apontando a fila de carros que se forma na rua em frente ao edifício. Já Rozangela avalia que o movimento intenso não chega a ser um incômodo, e sim uma forma de distração. "Ficar olhando os outros é um passatempo divertido", brinca ela.

O apartamento do Litoral, que mede 180 m² e tem três quartos, foi montado para que a família possa replicar o mesmo padrão de conforto da casa "de inverno". Outro fator a motivar a permanência é a constante visita de familiares, que se alternam ao longo do verão. Além disso, o apartamento do casal fica na mesma rua do imóvel do irmão e a meia quadra da propriedade do pai. "Já fica combinado que às 5 da tarde nos encontramos na praia, debaixo de uma palmeira", conta Sergio. (OT)

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