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A história do apelido de Oliveira da Ambulância

O apelido de Oliveira da Ambulância, como é conhecido o vereador, veio antes mesmo do cargo político.

Joaquim Gonçalves de Oliveira tinha uma ambulância e cobrava para fazer o transporte de pacientes para hospitais, por isso o apelido.

Oliveira foi eleito na última campanha com 4.302 votos, ironicamente pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS).

Entenda o caso

Ao chegar em casa, Adinir de França encontrou o filho sobre a cama. Ele chorava muito, tinha o nariz sangrando, o rosto amarrotado a socos e uma corrente com cadeado presa no tornozelo esquerdo.

Ela imediatamente avisou o Conselho Tutelar, que levou a criança à delegacia de polícia de Piraquara. Ali, mandaram o caso para a delegacia de Alto Maracanã, em Colombo, onde mora o agressor.

Meia hora depois de feito o boletim de ocorrência, Oliveira chegou com dois policiais que o buscaram em casa. Preso em flagrante, ouviu um sermão do delegado Hamilton da Paz e disse que só deu "umas cintadinhas para educar o filho".

Leia reportagem completa

O vereador de Colombo, Joaquim Gonçalves de Oliveira, o Oliveira da Ambulância, deixou a cela do Centro de Triagem II de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, no início da noite desta sexta-feira. Por dois votos a um, os desembargadores da 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) revogaram, no início da tarde desta quinta-feira, o pedido de prisão.

Esta é a segunda vez que Oliveira será posto em liberdade. O vereador foi preso no dia 26 de janeiro acusado de espancar e acorrentar o enteado de 9 anos. No dia 1º de março, por força de uma liminar, Oliveira foi solto e novamente preso há quase dois meses - no dia 2 de abril.

O mais recente pedido de prisão foi feito pelo promotor de Colombo, Humberto Eduardo Pucinelle, e acatado pela juíza do fórum da cidade, Mila Aparecida Alves da Luz. Pucinelle alegou que Oliveira estaria coagindo testemunhas do processo -no caso o próprio enteado e a mãe do menino, Adinir de França, ex-mulher do vereador. Procurado pela reportagem, Pucinelle preferiu por enquanto não comentar a decisão judicial.

Para Cláudio Dalledone, advogado do vereador, o pedido de prisão não tem fundamento. "Os desembargadores perceberam isso", diz, citando a decisão que revogou a prisão. "A coação somente existiu na interpretação acusatoria e precipitada do promotor público", acusou Dalledone.

Mandato de Oliveira deve ser votado no início de junho

Oliveira, agora solto, vai enfrentar um processo de cassação movido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Colombo, que entende que o vereador quebrou o decoro parlamentar. O processo passou recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Agora, o parecer vai para o presidente da Câmara que em seguida coloca em votação.

O vereador Onéias Ribeiro de Souza (PT), que preside a Câmara, disse por telefone que deve receber o parecer no início da próxima semana e que deve ser votado pelos demais vereadores num prazo de 10 a 15 dias. Para perder o mandato, são necessários nove dos 13 votos possíveis.

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