Um vereador de Rio Branco do Sul, região metropolitana de Curitiba, é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato do prefeito da cidade, Adel Rutz (PP), morto a tiros em março deste ano. O acusado, Joerisson Portes de Barros (PP), é irmão da viúva, Josiane Portes Rutz. Junto com ela, o vereador teria planejado o crime, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. Barros está foragido desde ontem quando o Gaeco deflagrou uma ação para prendê-lo.
Além dele, a polícia procura Antonio Jeremias dos Santos, irmão de Daniel Jeremias dos Santos, acusado de ser o executor. Antonio teria participado do crime também. O tio de Josiane, Leonides Matias Geffer, foi preso durante a ação, no bairro Tranqueira, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. Ele também estaria envolvido com o crime.
A prisão de Barros e os mandados contra os outros dois suspeitos têm prazo de 30 dias. Em nota, o advogado criminalista Elias Mattar Assad afirmou que deve defender Geffer e Barros. Ele já advoga em favor de Josiane. Ela foi presa durante as investigações policiais sobre o crime, mas está solta beneficiada por um habeas corpus. Um segundo homem foi detido ontem por porte ilegal de armas durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em Almirante Tamandaré.
Audiência e defesa
Hoje ocorre uma audiência do caso, no fórum de Rio Branco do Sul, às 14h30. Os três suspeitos participariam da audiência como testemunhas, segundo o Gaeco. Assad informou que os dados que embasam as prisões não são fatos novos, mas uma interpretação nova do Ministério Público. "O MP insiste agora em uma cinematográfica teoria conspiratória sem quaisquer provas ou mesmo indícios", comentou na nota. O advogado entrará na Justiça com um pedido de habeas corpus.
O crime
Adel Rutz foi morto no dia 1.º de março, na região central de Rio Branco do Sul. Uma moto preta com dois homens cercou o prefeito. Segundo a polícia, a vítima foi atingida por cinco tiros disparados pelos motociclistas. Josiane foi acusada de ser a mandante do crime. Ela havia se separado do prefeito duas semanas antes de o crime acontecer.
