A família do empresário Dácio Múcio de Souza Júnior, morto em uma padaria em Higienópolis, na região central de São Paulo, no domingo (27), considerou "fantasiosa e tão absurda quanto o próprio crime" a versão da defesa - de legítima defesa - do funcionário que desferiu as facadas na vítima. O assessor de comunicação do grupo Europa, Marco Antônio Simon, fez um pronunciamento em nome da família do empresário na tarde desta quarta-feira (30), no 77º DP, em Santa Cecília, também na região central.
Às 15h40, o assessor da empresa de filtros da água acompanhou a irmã da vítima, Nathalia Curti de Souza, de 20 anos, à delegacia, onde ela iria prestar depoimento sobre o caso. Ela entrou sem falar com a imprensa. Nathalia deixou o 77 DP às 17h30, também sem falar com a imprensa.
"A família tomou conhecimento através da imprensa da versão alegada de legítima defesa. Na opinião da família, essa versão é fantasiosa e tão absurda quanto o próprio crime", declarou Simon.
De acordo com o assessor, a família "muito abalada e vai procurar manter silêncio durante o processo". Sobre o depoimento de Nathalia desta quarta, Simon disse que ela iria apenas confirmar as suas declarações dadas por ocasião do dia do crime. Além disso, o assessor afirmou que a família da vítima espera que o agressor se entregue o quanto antes e que a justiça seja feita.
A polícia ouviu nesta terça-feira (29) um garçom e uma supervisora que testemunharam a discussão entre funcionário da padaria e empresário morto com uma facada. O delegado seccional Aldo Galiano disse que nos depoimentos os dois funcionários da padaria afirmaram ter presenciado a discussão entre o acusado e Dácio Múcio de Souza Júnior.
Momentos depois, as testemunhas encontraram o empresário ferido e o ouviram dizer: "Olha o que ele me fez. Que providencias vocês vão tomar?", se referindo ao agressor. A polícia divulgou a foto do acusado, que agora é procurado como autor do crime e será indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
A irmã do funcionário da padaria disse que até o dia 31 o irmão irá se entregar. Ele é viúvo, tem 47 anos e tem uma filha. Trabalhava na padaria há um ano e meio. O delegado também afirmou que vai pedir à justiça a prisão temporária dele.



