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O SPUrbanuss, sindicato das concessionárias de ônibus de São Paulo, disse não ter tido acesso aos novos dados apurados pela Ernst & Young, contratada pela gestão Fernando Haddad (PT) para fazer uma auditoria nas contas do transporte público municipal. Mas criticou os critérios usados pelos auditores para estimar os ganhos das viações.

A auditoria concluiu que há espaço para a diminuição do lucro das empresas de ônibus da capital paulista. A reportagem apurou que a taxa de retorno das empresas pode ser diminuída em até um terço.

O relatório apresentado nesta quinta-feira (11) comparou os custos apresentados pelas empresas com os valores praticados no mercado e apontou que as viações podem ter tido uma economia de 7,4%.

Para o SPUrbanuss, porém, "tomando como base os resultados da auditoria já divulgados, o trabalho desenvolvido mostrou que, até agora, foram tiradas conclusões precipitadas, com análises eivadas de vícios e defeitos".

A entidade cita, como exemplo, "uma série de cálculos matemáticos que demonstram, na avaliação dos auditores, que as empresas não realizaram, em média, 10% das viagens programadas, auferindo um ganho indevido".

Para as viações, porém, a própria SPTrans, empresa da prefeitura que gerencia o transporte, reconhece que 100% da frota disponível é utilizada para atender os passageiros.

"Se as empresas colocam em operação a totalidade da frota programada, as partidas não realizadas decorrem das condições de circulação [como o trânsito]", afirma a entidade.

Segundo as empresas, os quase 9 mil ônibus das concessionárias percorrem 45 milhões de km por mês "rodando por vias onde não há tratamento preferencial para os ônibus, com interrupções de vias por obras, acidentes, manifestações, semáforos embandeirados, congestionamentos de automóveis particulares, inundações e toda uma série de fatores que fogem da responsabilidade das empresas".

O SPUrbanuss diz que, "exceto pela quebra de veículos, os demais motivos que impedem o total cumprimento das partidas de ônibus são fardos que as empresas carregam, já que são autuadas pela SPTrans, sem culpa".O sindicato não se posicionou sobre a revisão da taxa de lucro das empresas na próxima licitação.

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