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Vanderlei Cassol e Rodrigo Mello “forfetaram” na etapa de sexta-feira | Idário Café/ Vipcomm
Vanderlei Cassol e Rodrigo Mello “forfetaram” na etapa de sexta-feira| Foto: Idário Café/ Vipcomm

Após dois anos de uma certa tranqüilidade na região da Vila das Torres, em Curitiba, proporcionada por uma megaoperação policial deflagrada em fevereiro de 2005, moradores e comerciantes dos bairros Rebouças, Prado Velho e Jardim Botânico voltam a se queixar do número de furtos e assaltos que tem crescido nos últimos meses. "Isso aqui era um inferno. Parou. Melhorou bastante, mas agora está voltando de novo", conta um comerciante do Prado Velho que não revelou o nome por medo de represálias, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo.

As mulheres com bolsas e outros pertences à mostra são as vítimas preferidas nas ações nas proximidades da vila, seja nos semáforos ou pontos de ônibus. Na última terça-feira (7), a acadêmica Suhellyn Hoogevonink de Azevedo, de 20 anos, foi uma dessas vítimas. Por volta das 18h30, ela parou seu carro no cruzamento das ruas Guabirotuba e Imaculada Conceição, a meia quadra de um módulo policial e foi assaltada.

"A rua estava cheia. Você fica na expectativa que alguém te ajude, mas ninguém faz nada", lembra. A moça ressaltou que teve dificuldade para fazer a queixa nas polícias Militar e Civil. "O policial chegou a me dizer que não adiantava nada, que as leis não funcionam. Deu vontade de pegar ele pelo pescoço", diz.

Segundo a reportagem, no último sábado (11), um casal também foi assaltado no começo da noite no mesmo local. Dois rapazes quebraram o vidro do passageiro, arrancaram a bolsa das mãos da mulher e fugiram correndo. As ações duram poucos minutos. "Eles esperam o sinal abrir para agir. Foi tudo muito rápido. Quando me dei conta do que estava acontecendo, eles já estavam correndo", relata a empresária Letícia Bizetto, 23 anos. Ela também foi assaltada em fevereiro, na esquina da Rua Colorado com a Avenida Comendador Franco (a Avenida das Torres).

Apesar das reclamações, as polícias Civil e Militar dizem ter a situação sob controle, com patrulhamentos e operações focadas. "Está bem controlado", afirma o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos. "As pessoas acabam saindo do local e não fazem o registro. Elas não acreditam no valor que a denúncia delas tem", diz o major Douglas Dabul, chefe da seção de Planejamento da PM.

A Secretaria Estadual da Segurança Pública (Sesp) não informou estatísticas sobre a violência na região.

Serviço: denúncias podem ser feitas à Polícia Militar pelos telefones 3264-1033 (2.ª Companhia do 20.º Batalhão), 9925-5244 (projeto Povo Jardim Botânico), 9925-5278 (Povo Prado Velho) e 9917-4329 (Povo Rebouças).Leia reportagem completa na versão impressa da Gazeta do Povo (conteúdo exclusivo para assinantes)

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