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Transporte coletivo

Vírus bloqueia validação dos créditos de ônibus

Jane Flores: longo caminho para tentar liberar passagens | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Jane Flores: longo caminho para tentar liberar passagens (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

A dificuldade que os passageiros de ônibus de Curitiba encontraram para validar os créditos de seus cartões-transporte nos últimos dois dias pode ter tido origem em um vírus. Na última quarta-feira, os 140 equipamentos espalhados pela cidade ficaram sem funcionar. A Urbs informou que o antivírus do sistema não conseguiu detectar o problema que atingiu toda a rede da prefeitura. Segundo o órgão, ontem só problemas pontuais foram detectados. Mas o relato dos usuários demonstrava que o funcionamento das máquinas ainda não tinha voltado ao normal.

Por volta das 16h30, no terminal Capão Raso, Jane Flores, 41 anos, já tinha percorrido, sem sucesso, quatro terminais na tentativa de carregar seu cartão-transporte. "Nenhuma colega do trabalho conseguiu carregar hoje", disse. Inês Gonçalves, 31 anos, contou que há quatro dias está atrás de um equipamento que funcione. Diariamente ela passa pelos terminais do CIC, Pinheirinho e Capão Raso, mas não conseguiu fazer a recarga em nenhum deles. "Só tenho mais quatro passagens no cartão. Mês passado já fiquei sem crédito pelo mesmo motivo e tive de ir até a Urbs para recarregar. Fiquei uma hora e meia na fila. Acho isso uma pouca vergonha", reclama.

O operador de máquina Gilmar Evaristo, 48 anos, diz que não tem tempo de ir até a Urbs para recarregar o cartão. Ele tentou usar um equipamento no Terminal do Hauer, mas a máquina não funcionou. A auxiliar administrativa Agda Padilha, 26 anos, preferiu pagar uma passagem para tentar carregar o cartão do lado de fora do terminal. "Não é a primeira vez que acontece isso", afirma.

Problemas também foram identificados pelos usuários em pelo menos outros 24 pontos da cidade – foram 15 terminais, 3 deles na região metropolitana, e outros nove tubos em Curitiba.

Mesmo sem um balanço dos problemas pontuais, a Urbs assegura que o número de carregamentos de crédito ontem foi normal. Até as 17 horas foram registradas 14.828 cargas. Há um mês, o número de carregamentos foi de 21.805. Mesmo com a diferença de 6 mil registros, a Urbs argumenta que o levantamento foi realizado antes do horário de pico, que acontece entre 18 e 21 horas.

O órgão alega ainda que o tempo de conserto dos equipamentos não é maior que um dia. De acordo com a Urbs, o sistema que controla o funcionamento das máquinas é on-line e os problemas são resolvidos imediatamente. Nos casos em que o reparo não pode ser feito pela central de monitoramento, uma equipe volante, destinada especificamente para esse serviço, vai até o local para fa­­zer o conserto na hora.

O problema apontado pela Urbs é que muitas vezes o reparo é mais demorado porque o equipamento foi vandalizado. A informação do órgão é que 8 em cada 10 problemas são causados por vandalismo. No terminal do Ca­­pão Raso, entretanto, a situação é diferente. Parte da fibra ótica do cabo dos equipamentos terá de ser substituída. O serviço é especializado e deve demorar pelo menos uma semana.

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