Uma zeladora foi morta a facadas no início da tarde desta quarta-feira (4) no prédio em que trabalhava, um edifício de alto padrão, no bairro do Alto da Glória, em Curitiba. Elisabeth Ribeiro de Silva, 52 anos, foi encontrada morta na área reservada dos funcionários do prédio com quatro facadas profundas, uma delas com exposição de vísceras e com a lâmina da faca ficando dentro do corpo.
O principal suspeito do crime, segundo a polícia, é o ex-presidiário e companheiro da vítima, Pedro Rocha - a polícia ainda desconhece o sobrenome dele. O casal almoçava rotineiramente em uma cozinha nos fundos do terreno do prédio e, por ser conhecido de todos, Pedro Rocha tinha entrada livre no edifício.
Nesta quarta-feira, ele saiu normalmente do local. As colegas de trabalho da zeladora estranharam a demora dela em voltar ao serviço e foram procurá-la, encontrando o corpo encostado no canto da sala e com as vísceras expostas.
Pelo menos quatro facadas foram desferidas, de acordo com a perita do Instituto de Criminalística Clélia Fila Hamera: três no peito e uma no abdôme. A lâmina ficou dentro do corpo da vítima. O cabo coletado pela Polícia Científica aparenta ser de uma faca de cozinha e tem cerca de 15 centímetros de comprimento.
Nenhuma testemunha ouviu gritos no local, porém, segundo depoimentos coletados pela polícia, o rádio estava em volume alto. A Polícia Militar faz buscas pelo suspeito na cidade de Araucária, região metropolitana de Curitiba, onde a vítima morava com ele, de acordo com o investigador Manoel Castro. Elizabeth tinha uma foto três por quatro do companheiro na bolsa. A Delegacia de Homicídios não quis divulgar a imagem do suspeito, que aparentemente tem a mesma faixa etária de Elisabeth.
A zeladora trabalhava no prédio há 12 anos e mantinha relações com Pedro Rocha há cinco, segundo algumas das poucas informações levantadas pela polícia no local. Os moradores e trabalhadores do prédio estão em estado de choque, segundo o investigador Antônio Carlos Pimentel, o que dificultou a tomada de depoimentos na cena do crime. A reportagem da Gazeta do Povo tentou conversar com moradores do prédio, mas nenhum quis receber a reportagem. Pimentel, que tem 23 anos de Polícia Civil, afirmou estar bastante chocado com a violência do crime.



